sexta-feira, 22 de julho de 2011

Construindo a Intervenção Pedagógica

Intervenção Pedagógica do Ponto de Vista do Cotidiano Escolar

Motivos:
A intervenção só acontece quando existe alguma falha ou empecilhos para o contínuo trabalho. Cada indivíduo merece ser respeitado, mas deve ser conduzido e apalpado pedagogicamente, com o intuito de ser completamente acompanhado.
Em alguns momentos a falha dos conteúdos pode ser o grande motivo. Em outros momentos, o condicionamento ou a informação são o que nos basta para intervir.
Na Escola do Ensino Fundamental, a intenção é garantir a informação acadêmica e a investida do conhecimento na vida e no contexto das crianças. Daí, surge a nossa criatividade.

Intenção:
Garantir educação de qualidade e de modo pessoal e intencional.

Objetivo:
Mediar o processo de ensino aprendizagem, observando de modo singular os problemas ou interferências que causam o ruído da informação. Implementando cada passo e tirando cada erro de conduta ou de atualização dos conteúdos do caminho da aprendizagem dos alunos.

Fatores prováveis para que ocorra a intervenção:
- Falta de apoio da família.
- Desagregação dos pais.
- Alunos desnutridos e com falta de alimentação adequada.
- Falta de conhecimento prévio dos conteúdos vigentes.
- Descontentamento e sofrimento pela situação social.
- Falta de acompanhamento e estudos em casa.
- Falta de rotina doméstica.
- Assiduidade comprometida.
- Falta de comprometimento com a escola, no seu roteiro de atividades diárias.

Roteiro da Intervenção:

Desalinhar e desconstruir cada passo e cada aliança realizada na Escola e em casa para desvincular os rótulos e informar com conteúdo e carga horária de estudos.
Montar um esquema promissor a respeito do trabalho possível pedagógico e alinhar todo o processo a este foco até que o problema ou ruído acabe. A programação deverá ser inclusa no calendário escolar e inserida nas reuniões de pais, professores e alunos. Deste modo, a escola poderá ser melhor vivenciada e pronta a investir no seu conceitual e social.

Planejamento:

Diário, sequencial e conceitual.

Duração:

Máximo 10 meses de intervenção para não sair do foco e não perder o limite do ano vigente.

Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Intervenção Pedagógica


O Ensino Fundamental no Espírito Santo: O Currículo e a Intervenção Pedagógica

Neste período de transições históricas, tempos incertos e volúveis, a escola tradicional já não atende às necessidades para responder aos anseios da vida contemporânea; a escola atual está em sintonia com os sistemas de ensino, reconstrói o currículo em resposta às necessidades materiais e resgata os valores e princípios de valorização e afirmação da vida necessários para a construção de uma nova sociedade, caracterizando-se no tempo presente.
O Currículo Básico Escola Estadual, avanço construído com o protagonismo dos professores estaduais, dá novo sentido à educação, guiando e fortalecendo a função docente, promovendo mudança e renovação na cultura das escolas, ao mesmo tempo em que associa a unidade do sistema à flexibilidade e identidade de Unidade Escolar.
O Currículo Básico Escola Estadual apresenta princípios que referenciam e desafiam a escola pública:

o Valorização e Afirmação da Vida
o O reconhecimento da diversidade na formação humana
o A Educação como bem público
o A aprendizagem como direito do educando
o A ciência, a cultura e o trabalho como eixos estruturantes do Currículo

Além disso, o Novo Currículo apresenta a organização do saber escolar por área do conhecimento indicando as competências e habilidades a serem construídas pelos estudantes ao longo da escolarização.
Diante desses paradigmas, a preocupação com a aprendizagem escolar de crianças e jovens é a pauta da educação. Assumimos que todos os estudantes buscam aprender algo. Suas famílias também têm a mesma expectativa. Se tivermos certeza de que a escola é avaliada pelos resultados de seus estudantes, também sabemos que esses resultados não dependem apenas da escola. Concorrem as características pessoais, as opções de sua família, os condicionantes sociais, questões de etnia, gênero, situação econômica e outros.
Dentre os fatores escolares, ganha destaque nas pesquisas educacionais, a existência de recursos escolares que incrementem a prática pedagógica; a organização e gestão da escola; o clima acadêmico com primazia atribuída ao ensino e aprendizagem; a liderança do diretor; o nível de exigência e compromisso dos professores; a formação e valorização docente considerando ainda a permanência destes no cotidiano escolar superando os altos índices de absenteísmo; a responsabilidade compartilhada e a ênfase no pedagógico.
As ações desenvolvidos no âmbito da escola devem convergir para a potencialização do currículo que é dinamizado pelo(a): Projeto Ler, escrever e Contar, Programa Leia, Espírito Santo, Programa Mais Tempo na Escola, Olímpíadas de Língua Portuguesa, Olimpíada Brasileira de Matemática, Oficinas de Idéias Metodológicas, Roteiros de Estudos quinzenais, Planos de Estudos da Alfabetização, entre outros. Essas ações bem articuladas promovem o desenvolvimento de competências e habilidades mínimas requeridas pelo
processo de aprendizagem.
No sentido educacional reconhecemos a Intervenção Pedagógica como importante estratégia. A intervenção é uma (re)orientação do trabalho pedagógico, a partir do desenvolvimento do Currículo Básico Escola Estadual, quando os educadores são convidados a estabelecer prioridades, rever concepções e (re)criar novos meios de atuação com intencionalidade educativa específica para um contexto escolar projetando na prática, a concretização do seu trabalho.
Intervir tem como foco eminentemente a ação pedagógica com o objetivo de garantir aos estudantes o direito de aprender. Essa aprendizagem, embora seja um grande desafio, é um direito de todos conforme preconiza a Constituição Federal.
Neste contexto, a intervenção pedagógica é uma ação de toda a comunidade escolar que pactua o compromisso de promover a melhoria da aprendizagem do estudante.
Considerando os resultados apresentados pela avaliação da aprendizagem que acontece no cotidiano escolar, além das avaliações sistêmicas nacionais e estaduais, como é o caso do PAEBES, é de fundamental importância, nesse momento, intervir pela melhoria da aprendizagem, confirmando esse direito. Assim, a escola deve elaborar um Plano de Intervenção com propostas concisas e eficazes capazes de trazer modificações substanciais para o aprendizado dos estudantes.


Objetivos da Intervenção Pedagógica:

o Elevar os índices de aprendizagens dos estudantes da escola, especialmente em
Língua Portuguesa e Matemática;
o Garantir a todos os estudantes o direito de aprender, tendo em vista o
desenvolvimento dos conhecimentos, competências e habilidades propostos no
Currículo Básico Escola Estadual; A ação pedagógica de intervenção envolve o planejamento previsto a curto e médio prazos:
o Revisr e reelaborar o Projeto Político Pedagógico da escola, do plano de ensino
trimestral e do plano de aula;
o Revisar a práxis pedagógica a partir dos estudos dos roteiros quinzenais;
o Desdobrar as ações expressas no plano de intervenção pedagógica e nas
sequências didáticas;
o Comprometer-se com o planejamento coletivo.

Fonte: DIREITO AO APRENDIZADO
GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA A
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
ENSINO FUNDAMENTAL Ano II - SEDU

domingo, 17 de julho de 2011

Contribuições de Rousseau à Educação Moderna

*Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão.

Segundo Naradowski (1994, p.33), Jean Jacques Rousseau nasceu na Genebra, Suíça em 28 de junho de 1712 e faleceu em 2 de julho de 1778, aos 66 anos. Entre suas obras destacam-se: Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens; o Contrato Social, e Emílio ou Da Educação (1762).
Segundo Luiz Roberto Salinas Fontes em seu texto, Rousseau era filho de Isaac Rousseau, relojoeiro de profissão. A herança deixada pelo avô paterno de Rousseau foi dividida entre 15 irmãos. O pai sempre dependeu do que ganhava com o próprio trabalho para o sustento da família. Sua mãe era Suzanne Bernard, filha de um pastor de Genebra; faleceu poucos dias depois de seu nascimento. Rousseau tinha um irmão, François, mais velho que ele sete anos, o qual, ainda jovem, abandonou a família.
Considera-se que o fato de sua mãe ter morrido poucos dias depois de seu nascimento, em conseqüência do parto, tenha marcado Rousseau desde criança. É pelo menos curioso que chamasse “mamãe” sua primeira amante e “tia” à segunda. Foi criado, na infância, pr uma irmã de seu pai e por uma ama.
Num certo sentido perdeu também o Pai porque este, no ano de 1722, desentendendo-se cm um cidadão de certa influência, feriu-o no rosto em um encontro de rua. Este incidente o obrigou a deixar Genebra para não ser injustamente preso. Rousseau e o irmão ficaram sob a tutela do tio Gabriel Bernard, engenheiro militar, que era irmão de sua mãe e casado com uma irmã de seu pai
Rousseau não teve educação regular senão por curtos períodos e não freqüentou nenhuma Universidade. Ainda na casa paterna, leu muito: lia para o pai, enquanto trabalhava em casa. Usava os livros deixados por sua mãe e pelo Pastor seu avô materno.
Muito antes do nascimento de muitos filósofos. Rousseau propôs a liberação do indivíduo, a exaltação da natureza e da atividade criadora, e a rebelião contra o formalismo e a civilização, sempre partira de uma filosofia otimista que vinculava ao homem a natureza.
Seu pensamento político baseava-se na idéia da bondade a desnaturalização, a injustiça e a opressão da sociedade contemporânea. O Contrato Social (1762) e Emílio, o Da Educação(1762), são entre suas obras, as de maior conteúdo pedagógico. Por meio delas postula um sistema político, educativo, moral e religioso, extremamente controvertido.
O que nos intriga é o fato de não ser formalmente uma pessoa estudada, mas que conseguiu m sua vida e experiências, sobrepor algumas formas de entender como se ensina e como se aprendem reconhecendo possibilidades, imaginando caminhos e esclarecendo as falhas no ato de reproduzir, repassar e ensinar algo. Politizou a educação quando entendeu que todos tem que saber igualmente sobre tudo. Com direito de poder obter os mesmos conhecimentos e saberes.
Rousseau, filósofo da natureza, da liberdade e igualdade, com suas obras, ainda inquieta a humanidade. Friza bastante a desigualdade como um problema político e social. O que vemos nos dias de hoje.
A Educação como forma de se tornar ideal, adequada e moderna buscava em Rousseau valores ainda não resgatados, mas que formulam uma ação natural para uma educação correta e adequada com legitimidade.

Sua proposta tem interesse tanto pedagógico quanto político, nesse sentido, propunha tanto uma pedagogia da política, quanto uma política de pedagogia. Um dos instrumentos essenciais de sua pedagogia é o da educação natural: Voltar a unir natureza e humanidade, A família, vista como um reflexo do Estado é outro dos elementos centrais de sua pedagogia. Considerado por vários estudiosos como autor da “concentração motriz de toda racionalidade pedagógica moderna”, Rousseau vê a infância como um momento onde se vê, se pensa e se sente o mundo de um modo próprio. Para ele a ação do educador, neste momento, deve ser uma ação natural, que leve em consideração as peculiaridades da infância, a ingenuidade e a inconsciência” que marcam a falta da razão adulta (NARADOWSKI, 1994, P.33-34.).


A função social da educação para Rousseau propõem a liberação do indivíduo, a exaltação da atividade criadora. Servia para ele como fonte de liberdade de ação consciente e implacável da criação do homem em relação ao aprender. A sociedade para ele limitava a todos com seus hábitos, formatos e modelos de cada um ser como é cada um. A sociedade profunda marido, só marido, cidadão, sócidadão, patriota, só patriota e que criança sempre seria inocente sem saber de nada, ingênua e “boba”. Percebo nas leituras que Rousseau previa os papéis das pessoas em sociedade. Já naquela época se preocupava com a educação sem a previsão de quem educa, sem rótulos, sem barreiras, daí uma educação voltada para a espontaneidade e o prazer de viver a partir dos interesses e individualidades de cada um. Jean Jacques Rousseau; ”Introduziu a concepção de que a criança era um ser com características próprias em suas idéias e interesses, e desse modo não mais podia ser vista como um adulto em miniatura”.
Com este pensamento Rousseau causou um impacto grande às pessoas e a educação infantil daquela época, pois acreditava que a educação inicial não era uma educação para a vida, pois era mutável a cada dia e em cada fase da vida possuía características únicas, individuais. Jean Jacques Rousseau; “A educação não vem de fora, é a expressão livre da criança no seu contato com a natureza”.
Sendo assim, o uso da memória em demasia, a disciplina rigorosa e outros não faziam sentido. O pegar, o contato, o envolvimento da criança com o canto, a massa, a terra, a geometria e outros estaria envolvendo a criança no caminho do aprender e do seu relacionamento com a vida. Daí a função de educar a partir dos interesses dados pela natureza do educar.
Afinação em Ré, afinação do coração, seria a proposta de Rousseau para a educação e para o viver de cada um. Jean Jacques Rousseau; Percebemos que o papel do professor seria bem mais específico que apenas oferecer conhecimento, mas iniciar um processo de humanização, de valorização do ser humano, onde ele possa reconhecer o seu aprendizado como uma prática na sua vida, no seu viver. Essas idéias e propostas docentes facilitam a vida acadêmica, mas se tornam correntes, modismo, falação e discurso obtuso do que se quer fazer com essa realidade.
Até hoje, somos levados a praticar uma pedagogia falada, que não se corresponde à escrita e, portanto, não acrescenta em nada o prosseguir de Rousseau.

Para tanto, construir um novo amanhã através da educação só será possível desde que as intervenções educativas se aportem nas virtualidades humanas, que estão presentes na infância, criação, empreendimento, liberdade e cooperação e que potencialmente possibilitarão a construção de uma nova sociedade (o capitalismo par Rousseau, e o socialismo humanista, para Freinet) (NASCIMENTO, 1995. P.46.).




Para Rousseau toda educação é sempre e também hetero-educação: É na relação com o outro que alguém, de pretensa pura naturalidade, chega a constituir-se como humano. A educação passa pelas pessoas até que chegue ao seu consciente e entranhas, a razão; pois só assim, será possível destacar o homem do cidadão. O homem só se torna livre para aprender e quando reconhece a aprendizagem no outro. Precisa conhecer o quanto não nasce o homem entendendo tudo, mas acontece politicamente a partir da sua casa e das suas observações, seu contexto acelera suas virtudes, vontades e crenças. Mas apenas a sua vontade o transforma.
Sócrates em suas falas ignora o que não sabia, mas tinha certeza do que queria realmente. Sendo assim, educação para ele era algo que oderia mudar o temperamento da lama e trazer a fora à pessoa que existe no profundo dela.
A consciência faz parte da vida das pessoas e do momento em que elas se encontram, principalmente para aprender e mudar as suas vidas pedagógicas e de aprendizagens modestas. Acreditava no bom mestre e nos ensinamentos de cada um por todos em uma união normal do saber.
Observamos que durante a sua vida seus sentimentos através de suas dificuldades e fatalidades encontradas pelo caminho. Cada um poderia se sentir assim, caso tivesse um passado tão extremo como o de Rousseau. Preservava a natureza e o modo individual das pessoas lidarem com seus conhecimentos. Na verdade poderia acrescentar sempre que fosse colocado diante de impasses educacionais.
Rousseau percebe a natureza humana, daí imagina e começa a formular idéias que façam mudar este ponto de vista e passa a valorizar e a acrescentar os passos que um dia foram vividos por ele e que deveriam ser abastecidos e concluída por todos, formulando assim uma educação ideal e profunda, holística para atingir todo o ser humano valente e cidadão como ele.
Tentava-se fazer com que a criança estabelecesse vínculos afetivos e de troca, fortalecendo ainda mais a auto-estima e ampliando, gradativamente, suas possibilidades de comunicação e interação social. A criança precisa observar e explorar os ambientes com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente, valorizando atitudes que contribuam para a sua conservação, para que a intervenção educativa seja eficiente, é preciso conhecer o aluno e o objeto de ensino. Daí a importância enorme do educador se conhecer, entender o conteúdo e ter vivências para passar aos alunos, numa prática pedagógica de compromisso com essa perspectiva de trabalho onde o aluno se torne um integrante e não apenas um mero participante e agregado às normas a seguir. O compromisso que hoje é o nosso diferencial é a criatividade, o talento e a competência em lidar com o aluno do jeito que ele verdadeiramente é. Sem maquiagem e intenções de privilégios.
O movimento indica solidez de expressão de sentimentos, emoções e pensamentos. Enquanto vivem: ouvem música, se tocam, brincam, correm e observam; podem crescer com maior habilidade no âmbito da credibilidade e acrescentando mudanças significativas. Neste sentido Rousseau pensou há tantos anos e séculos atrás. Mas só hoje conseguimos apenas começar o caminho...

*Monique Ferreira Monteiro Beltrão é Mestra em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em Direito Educacional, Professora Universitária e Acadêmica em treinamentos.
Bibliografia:

TEIXEIRA, Anísio. A Mensagem de Rousseau. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro. V. 38, nº88, out/dez. 1962 p.3-5.

NARODNSKI, Mariano. Infância Y Poder: La conformación dela pedagogia moderna. Buenos Aires: Aique, 1994. p. 33-34.

NASCIMENTO, Maria Evelyna do. A pedagogia Frenet: Natureza, educação e sociedade. Campinas: Unicamp, 1995 p.46.
Texto Rousseau: O Bom Selvagem de Luiz Roberto Salinas Forts. p. 1-3.

ROSSEAU, Jean Jacques, Discurso sobre as ciências e as artes – Ridendo Castigat Mores. 2001.

CHAUÍ, Marilena. Filosofia – Série Novo Ensino Médio – Volume Único Editora Ática. P.71-73. 1ª edição – 5ª impressão.
Coleção Lastro Educacional – Diretriz Pedagógica – Educação Infantil Ensino Fundamental e Ensino Médio. 200. p.13-14. Editora Lastro Educacional.

A REVOLUÇÃO FRANCESA COMO O DESPERTAR DO ROMANTISMO DAS ARTES

Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão*

À véspera da Revolução de 1789, a França não era ainda um país unificado׃ leis, costumes, privilégios, impostos, pesos e medidas eram diferentes de uma região para outra. Os gastos desenfreados da Corte levantavam a população contra ele, e a burguesia, rica e produtiva, aspirava a uma parte da direção dos negócios públicos. O País na realidade prosperava, mas os recursos eram mal repartidos, as finanças públicas faziam num estado lamentável, e os espíritos estavam tão exaltados que as reformas se revelavam indispensáveis. Tendo, porém, as classes privilegiadas – nobreza, assembléias dos notáveis e parlamentos – recusando qualquer concessão importante, o rei Luís XVI teve de convocar os chamados Estados Gerais. Estava começada a Revolução, que permaneceu monarquia constitucional, pela insurreição de agosto de 1792, que era uma resposta às ameaças das potências estrangeiras (Prússia e Áustria). A comuna de Paris decretou que o País se achava sem perigo e massacrou os detidos nas prisões. Uma nova assembléia, a Convenção, decretou a abolição da realeza e a execução de Luís XVI, em 1793, acusado de cumplicidade com o estrangeiro. A anarquia tinha chegado ao auge, mas logo a ditadura dos extremistas da esquerda, sob a direção de Robespiere, havia de se impor pelo terror, ao mesmo tempo em que a junta de Salvação Pública decretava o recrutamento geral contra o inimigo externo. As vitórias dos exércitos republicanos, em junho de 1794, indicavam que o País não mais estava em perigo. Formou-se contra Robespiere uma conspiração, que o abateu a 9 do tremedor (27 de julho). A situação, no entanto, continuava sendo de extrema instabilidade. Rebentavam movimentos realistas em diversas províncias e até em Paris, onde um general Jacobino, Bonaparte foi encarregado de desarmar a população.
Em outubro de 1795, foi dissolvida a Convenção. A Revolução estava terminada. A célebre divisa Liberdade, Igualdade, Fraternidade iria difundir-se por todo o mundo. Sua influência foi um dos fatores que ocasionavam a Inconfidência Mineira.
Revolução Francesa, movimento político e social que, no fim do século XVIII, derrubou o ancien regime na França e levou ao poder a burguesia. Colocou-se num contexto internacional extremamente efervescente e desorientado pelo sucesso da revolução americana, que foi um estímulo para a burguesia francesa na luta pelo poder político. Contemporaneamente, e em conseqüência da grave crise econômica de 1787-1788, com as péssimas colheitas e o espectro da carestia, também as massas populares estavam permeadas pelos fermentos revolucionários. Por sua parte o movimento cultural do iluminismo que teve na Enciclopédia, em Montesquieu, Voltaire, Rousseau e Denis Diderot suas maiores expressões, forneceu aos revolucionários os instrumentos ideológicos adequados, enquanto a crise financeira do Estado fazia preciptarem-se os acontecimentos ׃ para preencher, de fato, o déficit do estado era necessário impor taxas também à aristocracia (nobreza e clero) que, porém, se opôs às várias exigências dos ministros das finanças, chegando finalmente a pedir a convocação dos estados gerais, estes se reuniram no dia 5 de maio de 1789, mas o pedido do terceiro estado que se procedeu à votação por cabeça, e não por ordem, como queria a aristocracia, dividiu a assembléia e provocou a defecção dos liberais do clero e da nobreza que uniram os deputados liberais do clero e da nobreza que se constituíram independentemente em Assembléia Nacional (7 de julho) e no dia 20 juraram não dissolver-se senão depois de dar à França uma constituição. A tentativa de Luís XVI de sufocar o movimento em 14 de julho provocou uma insurreição popular e a tomada da Bastilha, símbolo perverso do antigo regime. Enquanto em toda a França surgiam revoltas camponesas, a constituinte abolia o regime feudal e aprovava a declaração dos direitos humanos e do camponês, em 26 de agosto, inspirada nos princípios de liberdade e propriedade, inserida depois na constituição de 1791. Em seguida a Assembléia Legislativa promulgou decretos contra os foragidos e atacou o inimigo externo declarando guerra à Áustria e à Préssia.
A Revolução Francesa foi a única ecumênica. Seus exércitos partiram para revolucionar o mundo, suas idéias de fato o revolucionaram. Foi o primeiro grande movimento de idéias da Cristandade Ocidental que teve qualquer efeito real sobre o mundo, local de nascimento ou residência do homem, tinha começado a se transformar, sob sua influência, em algo parecido com patrie, o termo “liberdade”, antes de 1800 sobre tudo uma expressão legal que denota o oposto de “escravidão”, tinha começado a adquirir um novo conteúdo político.
De acordo com César Augusto de Oliveira Casella, liberdade, igualdade, fraternidade, sua política e ideologia foram construídas fundamentalmente pela Revolução Francesa. É a revolução que dá o escopo para a ascenção da burguesia, é um marco inicial do nosso mundo burguês. É a revolução, também, que funda um imaginário próprio e nos legou códigos legais e morais, uma política liberal e nacionalista, certa organização técnica e científica, que vai se espalhar pelo mundo todo, geográfica e temporalmente. Dentre as muitas classificações possíveis para a Revolução francesa, com certeza uma é a de movimento que fundou a modernidade.

Sob os olhos de Baudelaire: “A modernidade é o transitório, o efêmero, o contingente, é a metade da arte, sendo a outra metade o eterno e o imutável”.

Para Argan, É a arte moderna se engendrou a partir do iluminismo e em estreita conexão com a revolução industrial.
Ao longo dos séculos XVIII a sociedade francesa foi o palco de um fenômeno que ajudou a redefinir o papel da cultura e da filosofia no que diz respeito à função social dos artistas e dos pensadores enquanto sujeitos engajados nos movimentos políticos de usa época. Usando a terminologia de Pierre Bourdieu, pode-se dizer que nesse período diversos integrantes do campo literário procuraram redimensionar seu capital simbólico seu status no meio artístico no sentido de interferir ativamente nas esferas próprias do campo de poder da monarquia francesa. Esse processo complexo de mudanças nas configurações sociais foi muito bem descrito por Pierre Lepage em Voltaire. Nascimento dos intelectuais no século das luzes, onde, utilizando a biografia do escritor como uma bússola e um fio de Ariadne, o autor narrou a história que, dos homens de letras, a se impor na sociedade francesa e somente nela como uma força autônoma, dotada de um poder social reconhecido e legítimo, grupo esse que mais tarde iria ser batizado de os intelectuais. (lepage, 1995, p.59).
Surge aí a arte pela arte, transformando a vida das pessoas, agindo sobre os livros, os interesses a s vontades de querer transcender os limites. Daí começou a surgir a opinião pública, que especializou pessoas e divulgou informações para todo o mundo.

* Monique Ferreira Monteiro Beltrão é Mestra em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em Direito Educacional, Professora Universitária e Acadêmica em Treinamentos.

Bibliografia.

HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções. Europa 1789 – 1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1989.
- - - - - - - . A Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Palestra sobre mercado de trabalho.

16/2/2011 - 11:29
Alunos da Escola Terra Vermelha participam de palestra sobre mercado de trabalho
A palestra foi destinada aos alunos da 6ª e 7ª séries do Ensino Fundamental


Com o objetivo de conscientizar os alunos sobre a importância de se fazer presente no mercado de trabalho, com competência, talento e postura profissional, a Escola Terra Vermelha, em Vila Velha, realizou, na manhã desta quarta-feira (16), a palestra “Formação Profissional e Recursos Humanos”, apresentada pela psicóloga Daniella Heringer.
A palestra foi destinada aos alunos da 6ª e 7ª séries do Ensino Fundamental. Segundo a pedagoga Monique Beltrão, embora com pouca idade, muitos alunos já estão inseridos no mercado de trabalho.
“Estamos atentos sobre o que acontece na vida de nossos estudantes. Em função disto, hoje procuramos mostrar o ritmo de trabalho e as necessidades de mudanças que ocorrem a cada dia em vários setores”, afirmou a pedagoga.
Monique Beltrão afirma ainda que é importante para os jovens, enquanto alunos e futuros trabalhadores, estar cientes de como ter uma postura no mercado. “Queremos visualizar o futuro de nosso aluno orientando-o para o mercado de trabalho e ensinando a importância de obedecer às regras, como por exemplo, o Regimento Escolar. É algo que vai ajudá-los para toda a vida”, concluiu.


Fonte: Assessoria de Comunicação da Sedu

Assunto: Erros de Estratégia

“CUIDADO COM O MAIS E COM O MENOS”

Um palestrante entrou num auditório para proferir uma palestra e,
com surpresa, deu com o auditório vazio. Só havia um homem sentado
na primeira fila. Desconcertado, o palestrante perguntou ao homem
se devia ou não dar a palestra só para ele. O homem respondeu:

- Sou um homem simples, não entendo dessas coisas. Mas se eu
entrasse num galinheiro e encontrasse apenas uma galinha para
alimentar, eu alimentaria essa única galinha.

O palestrante entendeu a mensagem e deu a palestra inteira, conforme
havia preparado.
Quando terminou, perguntou ao homem:

- Então, gostou da palestra?

O homem respondeu:

- Como eu lhe disse, sou um homem simples, não entendo dessas
coisas. Mas se eu entrasse num galinheiro e só tivesse uma única
galinha, eu não daria o saco de milho inteiro para ela.


Uma das tarefas mais importantes na nossa vida profissional é saber
mudar os planos, quando a situação muda. O cliente sempre quer
trabalhar com empresas que têm estratégia. Todos têm um plano, mas
nem todos sabem o que fazer quando ele não dá certo.

Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão.

A ATUALIDADE DO PENSAMENTO DE ANÍSIO TEIXEIRA.

Profa Nilda Teves
Rio de Janeiro - 2000


Palestra proferida na Associação Brasileira de Educação - ABE



Quero registrar, na abertura desta palestra, que tenho consciência plena da responsabilidade que assumo em falar, para platéia tão seleta, sobre a atualidade do pensamento de Anísio Teixeira. Sem dúvida, um dos maiores representantes da nossa Educação.
Suas obras e seus conceitos continuam sendo ricas fontes de conhecimento e de inspiração para os que se preocupam com a educação e com o futuro do nosso país.
Anísio deixou como herança um acervo que tem sido objeto de pesquisas, monografias e teses. Seus textos são revisitados com freqüência como fonte primária para as investigações da história da educação brasileira, por estudiosos de variadas áreas do conhecimento.
Anísio ao analisar a importância da educação, como centro de uma política de desenvolvimento social, criticou nossos sistemas arcaicos de ensino, com seus métodos obsoletos, as falhas na organização das escolas e a formação equivocada dos professores, enfim, tocou em todos os pontos que se referem à educação. Nada passou incólume aos olhos daquele pensador.
Já em 1933 ele falava das duas tendências sociais que modelavam a vida moderna: ciência e democracia. Ele disse que "a civilização moderna tem uma feição singular; ela é uma civilização em permanente mudança". Ciente das mudanças que ocorriam no mundo e preocupado com os destinos do país, e por decorrência, com a educação do nosso povo, ele trouxe para si a árdua missão de defender a escola pública.
Ao apontar caminhos para a reconstrução educacional, em uma sociedade mais justa e mais humana, Anísio se nutriu da utopia de uma escola pública de qualidade para todos e para qualquer um. Utopia, não como algo quimérico, irrealizável ou fantasioso mas, utopia como aquilo que se pode sonhar e se constituir em outro topos, em um lugar onde se pode fazer alguma coisa. Uma utopia racional, como dizia ele, fundada na virtualidade e potencialidade dos conhecimentos humanos existentes, aqui e agora.
É nesse sentido que caminhava seu idealismo e sua visão profética de uma escola de qualidade, legitimada pelo postulado que todos os homens são suficientemente educáveis para conduzir a vida em sociedade, de forma que cada um, e todos, dela partilhassem como iguais, a despeito das diferenças das respectivas histórias pessoais e das diferenças individuais.
Afirmamos que o Professor Anísio Teixeira, sem nenhuma dúvida, foi um dos mais importantes protagonistas da Educação Brasileira, de todos os tempos, e um defensor ímpar da educação democrática. Ele defendeu a democracia como necessidade vital da sociedade moderna. Lutou por isto, até seus últimos dias, e foi uma vítima desta luta.
Por tudo isto volto a dizer que é um desafio falar do pensamento desse homem: um intelectual cuja vida foi exemplo de coerência entre pensar e agir.
Seria veleidade minha admitir originalidade nesta fala. Sabemos todos que falar é se expor. Ao aceitar o convite da Presidência desta histórica Associação Brasileira de Educação, que muito me honra, eu me exponho ao vivo e a cores e submeto ao julgamento dos senhores presentes, algumas reflexões que fiz sobre um tema muito em evidência na nossa sociedade: a formação dos professores e a utilização dos Meios da Educação a Distância. Este é o recorte que faço nas obras de Anísio Teixeira. E é a partir dele que teço considerações sobre a atualidade de seu pensamento. Procurei fazer um como-se-fosse-diálogo-imaginário com seus textos. Mas, me detive, basicamente, em Mestres de Amanhã onde esta questão é mais evidente.

MESTRES DE AMANHÃ.
A produção intelectual de Anísio Teixeira é rica, original e abrangente. Entretanto é possível identificar um eixo em torno do qual giram suas reflexões, inquietações e idéias: a crise da educação brasileira. É a partir da visão dessa crise, de sua evolução e nuanças que seu pensamento atravessa mais de meio século e se mantém vigoroso até hoje. Talvez, alimentado por nossa própria crise.
A idéia de crise aparece nos textos de Anísio como o rompimento entre o passado desgastado, que já não se considera influente e um futuro que ainda não está constituído. A idéia de crise é a transição que implica em uma separação. E, como toda separação um afastamento, um distanciamento, entre o que era, o que foi e o que virá-a-ser. Mas nem sempre é fácil caracterizar o momento exato de separação, pois não existe um antes e um depois como momentos diferenciados e nitidamente definidos. O antes permanece no depois e vice versa, mantendo sua marca e interação dinâmica.
Uma crise não pode ser considerada somente como estado caótico e turbulento. De modo geral ela é também construtiva já que permite a criação de nossos espaços para o futuro. Ou seja, ela é sempre uma fase cheia de perigos mas, também, de possibilidades. E é com esse olhar dialético que Anísio vê as crises de seu tempo. Como um homem público que passou grande parte de sua vida dentro dos Governos, vivendo sob tensão, ele denuncia: a situação de transição em que se encontra o Brasil faz com que o seu desenvolvimento esteja sob a influência de forças que não são as mais aptas para a sua integração na civilização tecnológica e industrial de amanhã. Mas ao mesmo tempo em que ele denuncia, rascunha soluções, apresenta caminhos de superação para os impasses em que a sociedade se encontrava.
Para o educador baiano, a crise do processo educacional desenvolve-se nesse espaço: o da inadequação entre as necessidades emergentes da época e o espírito do homem de até então. Pensar o futuro significa agir na sua direção. Para isso é fundamental romper as barreiras reais e imaginárias, incluindo-se aí, a formação de professores. Ele viu, nitidamente, que o mestre da escola elementar e da secundária, o nosso professor do ensino básico, é que está em crise. E se vê mais atingido e compelido a mudar pelas pressões do tempo presente. E por quê?, indaga ele. Pelo fato de que estamos entrando em uma fase nova da civilização chamada industrial. Se isso foi dito à cerca de quase meio século, imaginem hoje quando nos aproximamos da era pós-industrial.
Seus comentários reforçam nossas preocupações quando ele diz que "até então, a educação do homem tem sido na direção de uma sociedade mais simples, ou seja, escolas desambiciosas cujo propósito mais imediato era formar jovens para o convívio político, social e econômico de uma sociedade de trabalho competitivo mas, que se acreditava relativamente singela e homogênea. Com a tecnologia e com a extrema complexidade conseqüente da sociedade moderna, mudanças radicais precisam ser feitas". Ele se reporta a aceleração do processo científico-tecnológico como algo complexo que impõe terríveis mudanças à vida humana. Reconhece que, em termos de educação, ainda pouco se fez no sentido de preparar o homem para a época a que foi arrastado pelo seu próprio poder criador. Textualmente diz que "todo o nosso passado, os nossos mais caros preconceitos, os nosso hábitos mais queridos, a nossa agradável vida paroquial, tudo isto se levanta contra o tumulto e a confusão de uma mudança profunda de cultura, como a que estamos sofrendo. Contudo, a mocidade, está a aceitar esta mudança, é verdade que um tanto passivamente, mas sem nada que lembre a nossa inconformidade. A mudança, todos sabemos, é irreversível. Só conseguiremos restaurar-lhe a harmonia, se conseguirmos construir uma educação que a aceite, a ilumine e a conduza no sentido humano".
A atualidade desse pensamento é evidente quando se considera os benefícios que a engenharia genética, a informática, a utilização de rádio-isótopos trouxeram à medicina. Que a zootecnia permite o aperfeiçoamento de espécies animais; que a agricultura, não depende somente da mãe natureza, pode produzir alimentos em escala.
Aparentemente, conseguimos realizar o sonho cartesiano de donos e senhores da natureza. Contudo, o que pode proporcionar melhorias nas condições de vida para o homem, como por exemplo a longevidade, o conforto, a comunicação, o aprimoramento em espécies animais, enfim, a produção do paraíso na Terra, dialeticamente traz consigo o seu contrário, o purgatório. Ou melhor, talvez, o inferno.
Anísio já sentia a turbulência desses novos tempos. Sua fala é uma advertência ao que hoje presenciamos: "os meios modernos de comunicação fizeram do nosso planeta um pequenino planeta e dos seus habitantes, vizinhos uns dos outros. Por outro lado, as forças do desenvolvimento também nos aproximaram e criaram problemas comuns para o homem contemporâneo. Tudo está a indicar que não estamos longe de formas internacionais de governo". De certa forma, o presságio de ontem já se efetiva hoje com um mundo de conquistas e ansiedades, de conforto e de insegurança, mas longe ainda da harmonia desejada.
É bem verdade que diminuímos os riscos da guerra atômica. Mas uma revolução silenciosa se estende nos quatro pontos do planeta: o desemprego estrutural como reflexo das conquistas científicas e tecnológicas. Sabe-se também que, mesmo no capitalismo, a tecnologia por si só não gera desemprego; ela exige, sim, condições mais favoráveis à produção. As condições que as organizações transnacionais exigem para investir na produção são muitas, mas uma é fundamental: o elemento humano - trabalhadores com maiores conhecimentos científicos e competências tecnológicas. Onde este fator é escasso, assiste-se à transferência de empregos de um lugar para outro, de um país menos favorável para outro mais favorável. Acentua-se assim o círculo vicioso da miséria, como diria o saudoso professor Josué de Castro. Uma das condições básicas para que haja investimento de capital não é a existência de mão-de-obra mais barata, mas na mais qualificada. Ou seja, a revolução do conhecimento se instala assim, dividindo o mundo entre os que sabem (e com isso se habilitam aos postos de trabalho) e os que não sabem (e ficam marginalizados em seus próprios países).
Vê-se assim que, se antes o problema do desemprego podia ser resolvido, fundamentalmente, pelo crescimento da economia, agora as mudanças na estrutura produtiva e na organização da produção, alteram essa relação. A transferência ou o fim do emprego, nos obriga a atentar para o fato de que o emprego, tal como o entendemos hoje, é um artefato social que resulta do processo histórico ocidental: uma forma de se colocar fronteiras ao redor de áreas significativas da vida humana e de se definir como é preciso agir para se ter sucesso dentro dessas fronteiras. Enfocar esta questão de frente significa reconhecer que o conhecimento científico-tecnológico produz mudanças profundas na cultura do trabalho e, conseqüentemente na educação. O trabalhador hoje lida com dados, ou seja, o operário de uma fábrica não trabalha mais necessariamente com as mãos nos produtos, ele se transformou num trabalhador da informação. No computador, com o auxílio de programas próprios, ele insere os dados da peça ou da engrenagem que necessita. O resto a máquina faz. O trabalho que foi informatizado não é mais físico, ao contrário, é uma seqüência de padrões de informação que pode ser manuseada quase como se fosse tangível. Ele é o antigo torneiro mecânico. Hoje ele não se suja de graxa... No mundo do comércio as relações virtuais se acentuam com possibilidades inimagináveis. Mesmo nas vendas presenciais, o vendedor hoje não segue a rotina de seus antecessores. No próprio escritório do cliente ele introduz em um computador o pedido, que a partir daquele momento torna-se um dado que passa a circular imediatamente em toda a cadeia produtiva, com um mínimo de intervenção humana adicional. Isso se reflete no departamento de compras, para os pedidos dos componentes necessários, nos fornecedores, que recebem novos pedidos, até chegar ao embarque daquilo que foi encomendado. Na fábrica onde as especificações dos produtos são codificadas, o sistema de fabricação é auxiliado por computadores e o produto é transformado por meio de maquinaria amplamente automatizada.
Enfim, em cada passo do caminho, pessoas que costumavam preencher e arquivar papéis tornaram-se desnecessárias e, com isso, perderam seus postos de trabalho e enfrentam sérias dificuldades. Vulgarmente são chamadas de analfabetas tecnológicas na medida em que não estão capacitadas a ocupar outros postos de trabalho naquela empresa, e em muitos casos, fora dela. O desemprego estrutural é, pois, um fenômenos resultante basicamente do fim de postos de trabalho convencionais.
No nosso caso e, talvez, de grande parte dos países latino-americanos a situação do desemprego estrutural se agrava ainda mais pelo fato de grande parte de sua população possuir baixa escolaridade, o que dificulta a sua absorção no mercado de trabalho. Ele representa o que Anísio Teixeira chamou de ineducados; um grupo que não sonha com a sua própria emancipação e, dialeticamente, ajuda a manter o sistema de privilégios que favorece a exclusão de contingentes de pessoas tanto da produção como do consumo. Este fenômeno, no entanto, tem um limite a partir do qual ele passa a ameaçar as condições de governabilidade de qualquer país. É tentando manter sob controle esse limite, que as economias nacionais estão buscando estabelecer estratégias para a reorganização dos setores produtivos, de maneira a atender às demandas do mercado, cada vez mais competitivo e volátil, ao mesmo tempo que procuram criar novos postos de trabalho. Nas estratégias políticas a educação aparece no primeiro plano. Esse é um quadro que não se reporta apenas aos países altamente desenvolvidos como também nos aos países periféricos.
Na América Latina como um todo, as dificuldades assumem características ainda piores que nos países do chamado primeiro mundo. O processo atual de globalização das relações de troca impõe, como regra geral, uma logística para o mundo do trabalho favorecendo empregos de base tecnológica, de forma a responder aos desafios de novos mercados.
Os países que dispõem de grandes quantias para investimentos de capital, aí incluindo-se ciência e tecnologia, saem na frente, e com isso delimitam seus próprios espaços de concorrência, lançando seus produtos com alto padrão de qualidade. Enquanto isso, os países que não dispõem do mesmo volume de recursos financeiros, humanos e tecnológicos correm o risco de submeterem-se ao processo de defasagem tecnológica, com sérias conseqüências para o seu desenvolvimento. Reconhecendo a importância da ciência e da tecnologia nas sociedades modernas e a sua íntima relação com a soberania nacional, Anísio afirma taxativamente que "o nosso século se acha num páreo entre educação e catástrofe. Não chega a dizer: o socialismo ou a barbárie pois não era um marxista, mas é evidente sua perplexidade e seu anseio em encontrar soluções para problemas da nossa sociedade que não estavam e, mais, ainda não estão resolvidos.
Nosso autor tinha consciência das implicações do avanço cientifico e tecnológico que se processava de forma desigual mundialmente. Uma dessas implicações é a ameaça de uma espécie de neocolonialismo, como diria o filósofo Jean Paul Sartre: uma forma própria de dominação que prescinde da presença física do colonizador. Seus interesses, suas determinações, suas vontades são atendidas teleologicamente, não é necessária a imposição da força física, a energia informacional é soft e muito mais eficaz para isso.
O que fazer então para diminuir esse risco? Como eliminar a lacuna que a sociedade do conhecimento nos impõe? Como favorecer o nosso desenvolvimento para que se possa levar esperança ao nosso povo? Em que espaços podemos atuar para diminuir a voracidade do mercado globalizado, da lógica perversa de acumulação do capital? Diria Anísio Teixeira, como se buscasse uma racionalidade para a irracionalidade vigente que, "mais do que nunca são necessários investimentos na Educação".
Como um bom representante do pensamento liberal ele admite que "somente a educação e a cultura poderão salvar o homem moderno e que a batalha educacional será a grande batalha do dia de amanhã" . Uma educação adequada aos novos tempos, pois só ela irá "concretizar a revolução que não é o resultado de revoltas populares mas conseqüência do progresso do conhecimento humano e do despertar das aspirações que, a difusão, pelos novos meios de comunicação, gera inevitavelmente. Nesta situação é que já se encontra o Brasil, cuja necessidade maior é a da preparação do homem para os novos deveres de produção da sua conjuntura atual e os direitos que decorrem daqueles deveres".
É um libelo em favor da educação e uma crença radical em seu poder. Se ele estava equivocado, ou não, ainda não temos condições concretas para avaliar isso. Mas somos obrigados a reconhecer que Anísio Teixeira, como democrata por excelência, fiel aos ideais do Iluminismo, filiado ao pragmatismo de Dewey, manteve viva a idéia do poder da Educação e viveu toda sua vida admitindo que ela era a mola mestra do desenvolvimento social.
Desnecessário dizer que o mesmo discurso se mantém presente no mundo atual, não só aqui mas em vários países. Uma revolução na Educação que até pode começar com as Leis, mas não acabam nelas. Para Anísio Teixeira, uma verdadeira revolução na Educação começa, principalmente, no que hoje denominamos Ensino Básico e na correta formação dos professores. "Não será espontaneamente que haveremos de sair da estrada do medo e da catástrofe para a da segurança e do razoável". Diz ele: "os professores e a escola - cada vez mais importantes na civilização voluntária e inteligente que estamos criando, hão de ser os pioneiros nessa fronteira de progresso moral, que se terá de abrir de agora e por diante, na conquista do verdadeiro poder não só material mas humano sobre a vida neste planeta".
Assim fica lançado o grande desafio de se ampliarem os recursos educacionais em quantidade e qualidade e se chegar à universalização da escola necessária na preparação de uma geração para o futuro.
Defendendo fundos para a educação, apontando para a necessidade de mudanças curriculares com característica de transversalidade, para a importância do ensino das ciências nas escolas, para o emprego de metodologias da Educação à distância nas escolas e na formação dos professores, para a eliminação da escola dual, para a importância da pesquisa nas Universidades, Anísio Teixeira aborda, à sua maneira os pontos nevrálgicos da nossa educação e que a nova Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394) vem enfrentando.
Vou tentar a partir de agora mostrar como é possível identificar no pensamento de Anísio os traços da atualidade no que se refere à formação de professores. Coloco como pano de fundo de minhas observações as advertências feitas por Merleau Ponty no que se refere a este tipo de trabalho. Segundo o filósofo francês, encontramos no texto o que queremos. Imbuída dessa preocupação tive o maior cuidado em selecionar as transcrições que seriam feitas procurando não forçar os encaixes dos textos em outros contextos. Por que digo isto neste momento? Porque, ao revisitar as obras do professor Anísio Teixeira, tive a grata surpresa em identificar aspectos que não chamaram minha atenção há anos atrás. Pela intencionalidade da minha consciência ou pelos vícios de leitura, o fato é que reconheço que o professor Anísio fala como se tivesse comentando acontecimentos de hoje. Poder-se-ia dizer que isto se deve ao fato da sociedade não ter mudado. Entretanto vale lembrar que as críticas que ele fez à sociedade de consumo, de sua época, têm muito a ver com as críticas que são feitas hoje, mesmo decorridos vários anos e mesmo se sabendo que a velocidade das mudanças nesse campo foi intensa.
A exemplo pode-se citar os meios de comunicação de massa, sua influência sobre o mercado vem se acentuando cada vez mais mas, principalmente, a televisiva, não dispunha da força que tem hoje. Contudo seu poder já é denunciado por Anísio com muita argúcia. Diz ele: "entramos na fase do desenvolvimento científico até certo ponto inesperado, levando-a na indústria à automação, na vida econômica a um grau espantoso de opulência e na vida politica e social a um desenvolvimento dos meios de comunicação de tal extensão e vigor que os órgãos de informação e de recreação firam-se subitamente com o poder de condicionar mentalmente o indivíduo, transformando-o em um joguete das forças de propaganda e a algo de passivo no campo da recreação e do prazer. O desenvolvimento contemporâneo no campo dos processos de comunicação pode ser comparado à descoberta da imprensa". Vale aqui destacar que esse texto é da década de 60, portanto, cerca de 40 anos se passaram e, naquela época, a mídia, principalmente a televisiva, não dispunha dos recursos que tem hoje. Mesmo assim, nosso mestre pode ver que "somos pela propaganda, condicionados para desejar o supérfluo, para atender necessidades inventadas, antes de haver atendido as nossas reais necessidades materiais e mais: uma sociedade cujo objetivo é o consumidor cada vez mais quantidades de bens materiais, inventando necessidades, lança o homem num delírio de busca ilimitada de excitação e falsos bens". Defende-se de possíveis críticas às suas observações em relação a defasagem da escola em relação aos meios de comunicação, dizendo: "Não se diga que estou a apresentar observações que somente se aplicam às sociedades afluentes. O caso dos países subdesenvolvidos não é diverso, porque os recursos tecnológicos da propaganda e do anúncio, também já lhe chegaram e não lhe será possível repetir a história dos sistemas escolares mas adaptar-se às formas mais recentes da escola de hoje." Ou seja, o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa lançou à escola o grande desafio de ter de mudar para poder continuar existindo, não só pelo poder de sedução que a mídia exerce mas, também, pelos perigos que ela traz consigo. O caminho da comunicação oral - pessoa-a-pessoa -, passando pelo telefone, pelo cinema, pelo rádio e chegando à televisão fez, do homem comum, um habitante do mundo. Ele não vê somente sua rua, seu bairro, sua cidade, seu estado mas, literalmente, tornou-se participante de uma rede planetária de informações que ninguém consegue escapar. "Os anúncios só conseguiram isso, ou seja, êxito. Porque os meios de influir e condicionar o homem se fizeram extremamente eficazes. Mas, ao invés de se colocar em oposição aos meios de comunicação, atribuindo à televisão a culpa de todos os males, Anísio Teixeira, como um pensador moderno, vê as possibilidades que esses meios trazem para a educação.
Não se trata, pois, de uma batalha vencida pela comunicação sobre a educação mas um alerta de que a escola precisa mudar, inclusive, mudando a mentalidade de seus professores, fazendo-os entender a importância da utilização dos meios da educação à distância.
Assumindo a humildade dos sábios, porém falando enquanto educador, ele reconhece que - "a educação para este período de nossa civilização ainda está para ser concebida e planejada e, depois disto, para executá-la, será preciso verdadeiramente um novo mestre, dotado de grau de cultura e de treino que apenas começamos a imaginar". A formação desse mestre precisa ser em nível superior. Embora convivesse com um grande número de professores leigos, Anísio mostra a necessidade de se mudar este estado de coisas. Infelizmente, somente agora com a nova Lei de Diretrizes e Bases é que isto deve mudar. Não é de estranhar que idéias como essas tenham vingado numa lei cujo relator foi seu grande amigo Darcy Ribeiro. Em conferência proferida no Colégio Pedro II, o professor Newton Sucupira, se referindo ao texto Mestres do Amanhã, diz que Anísio teve o mérito de bosquejar em traços vigorosos e sugestivos, a imagem do mestre que terá a seu cargo a concretização dos objetivos culturais da escola de amanhã.
Também seria contraditório admitir o avanço do conhecimento em nível planetário mantendo-se os professores com o mesmo nível de formação. Ao contrário, essa formação precisa ser muito consistente. Os mestres de amanhã precisam ter uma formação intelectual muito mais ampla e aprofundada do que vem sendo feito até agora em nosso processo para formá-los. É necessário que esta nova formação contemple os problemas e complexidades dos dias presentes. E é possível se pensar nisso quando se conta com os recursos tecnológicos disponíveis nos dias de hoje. A televisão, o cinema, o disco, a Internet, são instrumentos de trabalho do futuro professor. Que vai poder utilizar tudo isto de forma inteligente, apresentando a seus alunos grandes mestres, especialistas nas artes ou nas ciências. A partir destes instrumentos, o professor pode desdobrar as idéias apresentadas com suas próprias observações e, assim, discutir e completar as lições que foram vistas ou ouvidas. Isto significa dizer que "será imensa a tarefa do professor e grande deve ser o preparo, para que possa conduzir o jovem nessa tentativa de dar a sua cultura básica a largueza, a segurança e a perspectiva de uma visão global do esforço do homem sobre a terra". Uma das implicações que a explosão do conhecimento e as modificações tecnológicas que eles acarretam permite que se imagine a instituição de uma nova cultura onde a força dos costumes, dos hábitos e das velhas crenças e preconceitos vai ser destruída. "Daí em diante o homem vai depender de sua cultura formal e consciente, de seu conhecimento intelectual, simbólico e indireto, para se conduzir dentro da nova e desmensurada amplitude de sua vida pessoal. São portanto de assustar as responsabilidades que aguardam o mestre de amanhã".
Passa pela nova formação do professor uma mudança de foco da prática pedagógica. Não tem sentido alimentar a idéia de que ele será um transmissor da cultura e do conhecimento acumulado socialmente. Seu fazer é muito importante para se reduzir a isso. Já a biblioteca servirá para mudar essa idéia, levando o professor à condição de condutor de estudos. Imagine-se então, uma era onde os novos meios de comunicação chegaram onde se chegou. É o momento em que o professor dá outro salto em suas funções. De condutor de estudo, ele passa a ser um estimulador, e assessor do estudante. Ora guiando sua atividade de estudo, ora orientando-o face às dificuldades de aquisição das estruturas e modos de pensar fundamentais da cultura contemporânea de base científica e tecnológica. Procurando um exemplo que se aproximasse dessa nova imagem de professor, Anisio diz que "ele parecerá com uma mistura de certos jornalistas de revistas e páginas científicas, um pouco de autores de enciclopédias e livros de referência, ao mesmo tempo, mais do que tudo isso". Sua atuação ficará muito próxima dos operadores dos recursos tecnológicos modernos para apresentação e o estudo da cultura moderna. Tornado-se íntimo dos equipamentos e da tecnologia produzida pela ciência, não lhe seria difícil ensinar os métodos e a disciplina intelectual do saber que tudo isso produziu e continua a produzir.
Mais do que transmissão de conteúdos de conhecimento em permanente expansão, diz Anísio, "cabe-lhe ensinar aos jovens como se processam os métodos de pensar das ciências naturais e sociais". A escola de amanhã diz enfaticamente nosso mestre, lembrará muito mais um laboratório, uma oficina, uma estação de televisão do que a escola de ontem e ainda de hoje. São idéias cujos pressupostos estão em Dewey, em Claparede, mas são, também suas, na medida em que ele as admite a partir de seu projeto de sociedade. Os mestres de amanhã que conseguirem ajustar seu fazer a essa proposta terão ajudado a seus alunos a desenvolver capacidades que jamais se perderão, capacidades estas que venham um dia a fazer toda sua vida uma vida de instrução e de estudos. Por tudo isso para a formação do cidadão do nosso tempo, a Weltanschung da cultura contemporânea precisa ser acompanhada do firme propósito de desenvolver nos jovens, um interesse permanente e vivo de aprender sempre, e mais.
Convencido de tudo isso, Anísio é categórico: "teremos que ter novas escolas e novos mestres, embora venham a ser eles aqui muito mais os iniciadores do método científico nas escolas do que os simples adaptadores das escolas das sociedades afluentes já em pleno domínio da produção e do progresso científico. Cumpre-nos esforçar-nos para queimar etapas e construir a sociedade moderna com uma escola ajustada ao tipo de cultura que ela representa".
Como se pode ver, é evidente a presença de suas idéias no ideário da nova LDB. Mais ainda, elas refletem o espírito de uma época em que tanto o aluno como professor, precisam adquirir autonomia de vôo em sua busca de conhecimento. Isso é possível contando com os meios de comunicação, com a Internet, com a televisão....
Este é um dos desafios para os professores de amanhã. Desafios que emergem nesses novos tempos. Essa educação, sob muitos aspectos, será uma educação que nos habilite a tomar sobre os ombros a tarefa dos novos métodos e processos da produção material. Mas cabe lembrar, também, que esse desenvolvimento traz consigo a necessidade de uma nova disciplina e um novo interesse para o homem. Trabalhar com esses interesses, orientar o jovem em suas escolhas possíveis é de fundamental importância para se fugir de uma educação tecnicista, que em geral se reduz a educação à aquisição de metodologias do conhecimento. Por isso mesmo é dever da escola mostrar a seu aluno que ele, por em si e por si, é um ser de carências e necessidades. Que sua existência depende dos outros e por causa dos outros, que a sua ação é sempre trans-ação com as coisas e pessoas e que o conhecimento nada mais é do que um conjunto de conceitos e operações destinados a atender àquelas carências, àquelas necessidades pela utilização adequada das coisas e pela cooperação com os outros, no trabalho que, hoje, é sempre de grupo, cada um dependendo de todos e todos dependendo de cada um. Passar isso para o aluno é contribuir com uma sociedade mais humana. Significa dizer que o professor não precisa ter receios de ser substituído pelos meios de comunicação, pois, ao contrário de muitas profissões em extinção, ele tem por tarefa a missão não só de transmitir a cultura dominantemente complexa e mutável como, também, desenvolver em seus alunos o gosto e o hábito de estudar sempre. É um grande desafio sim, mas lembrando que o homem só se coloca problemas quando já é capaz de resolvê-los, resta dizer que os instrumentos que a escola dispõe hoje permite esse novo fazer do professor. Os recursos que ele conta vão além do rádio, do cinema e da televisão.
Seja na escola ou fora dela, a multimídia, com os computadores, oferecem muitas vantagens aos seus usuários. Mas a utilização desses recursos não será suficiente para o salto qualitativo da escola se, junto a isto tudo, não houver uma mudança nos hábitos de pensar do professor, se ele não aprender a conviver com novas idéias, a entender que junto com a física newtoniana há o vigor dos conceitos da física quântica; que a idéia de ordem geométrica se conjuga com a concepção de caos, (não caos como desordem mas sim como uma nova modalidade de relação tempo/espaço); que existe a complementaridade entre o simultâneo e o sucessivo; que ele pode mostrar a seus alunos o quanto é possível manter um sistema em funcionamento tendo apenas as informações como energia. Circulando em redes planetárias, as informações proporcionam uma verdadeira revolução e que, sem dúvida, passa também pela escola. Trabalhar com a realidade virtual, interagir em processos de simulação, não só permite a fixação da aprendizagem mas, sem dúvida alguma, incita a inteligência humana a perseguir outros jogos, novas descobertas, enfim, a arriscar-se em grandes viagens reais e imaginárias e, com isso, poder criar novas soluções para antigos problemas. Pode-se ver, assim, que a produção de conhecimento assume uma nova dimensão nesses novos tempos e que o professor tem muito a fazer. Infelizmente as condições objetivas para que se efetive esses ideais de procedimentos pedagógicos ainda estão muito distantes das nossas escolas. No que se refere então à rede pública de ensino, com honrosas exceções, a situação é muito precária. Isso sem falar que nosso professorado ainda vive em condições de vida muito desfavoráveis. Mesmo com os recursos do FUNDEF, ainda não se pode ver melhoras significativas nesse quadro. Isso para dizer que, sem sombra de dúvidas, se o professor Anísio Teixeira vivo estivesse, estaria ainda lutando pela escola pública de qualidade. Pela escola de seu sonho que é, também, a escola dos nossos sonhos. Uma escola onde o professor de amanhã estivesse em plena atividade.
Chego ao final da minha fala relembrando uma mensagem do querido Professor Anísio Teixeira quando ele diz assim: "o mestre do amanhã, reunirá as funções de preceptor e de sacerdote. Ele será o sal da terra, capaz de ensinar-nos, a despeito da complexidade e confusão modernas, a arte de vida pessoal em uma sociedade extremamente impessoal".
Muito obrigada.




Reproduzido com autorização da autora.

Trabalhando a linguagem psicopedagógica.

Somente com a nossa poderosa língua coisas como essa são possíveis...

"Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém,pouco praticou, pois Padre Pafúncio pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos,porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, pois pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam,permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precatar-se. Profundas privações passou Pedro Paulo.Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo...Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Passando pela principal praça parisiense, partindo para Portugal, pediu para pintar pequenos pássaros pretos. Pintou, prostrou perante políticos, populares, pobres, pedintes.
- Paris! Paris! - proferiu Pedro Paulo - parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?
- Papai - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém preferindo,poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.

Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando..."
Permitam-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar...

(autor desconhecido)

Trabalho Psicopedagógico.

O Torto


Anote as palavras que for encontrando. Só valem palavras de quatro letras ou mais. Neste jogo existem 30 palavras na solução. Se formar 35, você tem um bom vocabulário, se formar 40, você sabe falar difícil, héim? E encontrando mais de 50, você é um dicionário ambulante!
O jogador deve ligar as letras próximas entre si, qualquer que seja a direção delas, formando palavras de quatro letras ou mais.


COI
RTE
VOL
IAH
MGR
SOI


Envolvendo-se com alguns limites. Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão.

Trabalho Psicopedagógico.

Três Senhoras



“Três senhoras de 30 anos, uma de 25 e uma de 32 anos foram entrevistadas e soube-se que”:
Duas são casadas com representantes, uma com bancário e duas com militares;
Quatro tem três filhos, e uma, dois;
Néia não é a mais velha, e a mais nova não é Zélia;
A bancária não casou com bancário nem é a mais velha, que casou com militar, como a mais nova;
Lina tem três filhos e não casou com representante, exatamente como Zélia, que não é a mais velha;
Mere casou com representante e não tem dois filhos;
Zélia não casou com militar, e Zali tem três filhos, cujo o pai não é militar.”


Nome Idade Nº de filhos Profissão do marido





Determinando alguns fatores psicopedagógicos. Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão.

Ação Psicopedagógica

A- B- C- D- E- F- G- H- I- J- K- L- M- N- O- P- Q- R- S- T- U- V- W- X- Y- Z


Atividade:

Leitura e exposição do som da letra.
Recortar 10 palavras referentes a cada letra.
Recoloca-las em ordem a partir da sua forma minúscula.
Reescreve-las duas vezes mais de formas diferentes.
Separar as letras que gosta mais.
Separar as letras que gosta menos.
Dividi-las em grupo por características diferentes.
Retire as consoantes e com elas escreva nomes próprios compostos.
Forme frases com cada uma das letras deste alfabeto. Tenha cada letra iniciando a frase.


Trabalhando com algumas dificuldads. Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão.

Os brilhos que a escola apresenta.

Somos todos seres humanos capazes, idênticos ligados a uma imagem e semelhança de Deus e que em algum momento somos ligados a religião e ou ao social como ponto de partida, numa vida discreta e cheia de dicotomias e insucessos políticos e acadêmicos. Somos integrados numa visão muita das vezes elementar diante de tantos entraves e lições de condutas de vida. Somos a razão de todo o estudo e de toda vida acadêmica de muitos outros. Somos a plataforma “up” para enxergarmos o que somos e o que queremos. Alguns se medem pelo que se apresentam, outros se medem pelo que lhes contam. Na verdade somos muita das vezes produto de constantes lições e de profundos entraves que nos chegam por intermédio de cada momento que temos e de cada lugar acadêmico que nos encontramos. Somos produto, ou do meio, ou do lar, ou ainda da nossa condição às vezes limitadora.
Aprendemos diante de fatos, rumores, perspectivas, linhas de pensamentos e condutas e muitas vezes através dos outros e de suas opiniões, aprendemos mesmo não querendo aprender, mas nos é trazido pra dentro de nós como parte integrante de nós mesmos. Somos uma linha inovadora de contato com as nossas idéias e sendo assim, conseguimos entender, rebuscar e alimentar as visões que se mostram quando aprendemos e somos ideais de alguém e para alguém.
Entendemos que temos razões para sermos aprendizes... Somos seres autônomos. Temos mundos distintos e de igual valor pelo nosso conhecimento e expectativas. Somos rebuscados quando tentamos e simples quando precisamos para fortalecer o conhecimento de alguém e de nós mesmos. Por outro lado numa das razões só precisamos aprender algo para suportarmos diante de tantos momentos intensos e diversos, fabricamos nossa própria atividade de ensino sem sobrepor a nada, apenas a nós mesmos. Em uma das razões só podemos aprender o que somos predispostos. Isso, quando não entendemos que podemos fazê-lo sozinho e sem nenhum empecilho, ou entrave pedagógico. Aprendemos sem ao menos precisarmos entender isso.
Crianças não são limitadas, conseguem ser deferentes de cada pessoa dita adulta porque constroem o seu próprio conhecimento, sua própria identidade e sua própria característica como uma marca pessoal e individual. A criança é liberta das expressões, dos tabus e dos reclames providenciáveis que ocorre diante de cada lugar e momento. Ela formula suas idéias, opiniões e constroem suas estruturas de conhecimento a partir do que vê e estabelece de mais justo, normal, afetivo e lúdico. Consegue ser livre em suas idéias, sem reter a opinião de ninguém mais velho que ela e que busque uma afirmação social. A criança só se afirma em suas atitudes, jamais entende se relacionar com um mundo político ou social, formula o seu próprio mundo e suas intenções são interativas com suas necessidades pontuais e pessoais. Dessa forma o seu limite não é o meu olhar nem o meu limite, mas o limite construído por ela sem ao menos passar por nenhum sensor social dos adultos. Daí uma forma sincera de se fazer educação a partir da educação mediadora e clara que se faz presente nas idéias de cada criança.
Em alguns momentos de nossas vidas temos a escola como um lugar de muitas cores, mas de poucos brilhos, porque nos tange ao necessário que é irmos a escola e sermos alunos e bons alunos. Cada momento desses é necessário para sabermos o quanto somos conduzidos e preparados para tal, afinal, ser bom aluno não nos compete num primeiro momento, sem ao menos sabermos o que significa isso para o nosso conceito de aluno na prática da palavra. Alunos ou aprendizes, não sabemos neste primeiro momento da escola, mas sabemos que cada momento intenso sem brilho nos leva a crer o quanto temos que nos refugiar em nós mesmos. Cada um com o seu ritmo, sua fala, seu sabor e ninguém igual a ninguém, mas todos numa mesma condição de aprender a aprender. Alunos ou não, são e devem ser capazes de reproduzir, somar, multiplicar e jamais de ser indivíduos brilhantes de idéias sortidas e inovadoras. Não apenas bonecos sem alma no olhar puro e acadêmico de teorias inovadoras e que as vezes e muitas delas, não se aplicam. Alunos sem brilho. Escolas com muito brilho e sociedade brilhante diante dos rumos e dos fatos de termos alunos que correspondam aos efeitos efêmeros dos bons resultados e das ótimas alianças governamentais com o mundo.
Alunos são pessoas pensantes e que produzem acordos sinceros entre uma pessoa e outra. Constroem imagens e sobre elas habitam de fato os seus entendimentos. Alguns são poderosos porque entendem com mais facilidade e torcida cada momento, outros perpassam pelos momentos sem saber como e porque sobreviveram a eles... Na verdade, se impomos as condições somos adultos que inconstantemente não tratam da autonomia como um fator social e que não entendem a liberdade de se conhecer o que se aprende. E essas condições nos fazem permitir cada caminhada e cada olhar desse aluno que pode muito mais do que propomos, mas que traz consigo a idéia de fazer brilhar aquela escola ou a sua condição de aprender a fazer e a apreender.
Em nossas relações com a escola causamos muitas das vezes o abandono, o idealismo, o individualismo sem percebermos a causa das nossas ênfases didáticas, que difunde as nossas adequações e princípios. Somos muita das vezes na escola, existenciais. Sem nos depararmos com a condição humana, muitas das vezes nem pensadas.


““A condição humana”, Hannah Arendt alerta: condição humana não é a mesma coisa que natureza humana. A condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem. As condições variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem é parte.” Arendt, 174.


Ensinar então as nossas crianças significa muito o nosso respeito para com as suas limitações, interesses e como podemos apresentar essa escola pra ela diante de muitos olhares curiosos por soluções e respostas. Essas crianças são o que de melhor temos na educação hoje, são as idéias que formularemos como resposta para o amanhã. Cada criança abandonada ou não, se declara para muitos educadores e professores o que de melhor conseguiu captar, trazendo a tona as nossas dificuldades e os nossos erros, as vezes ainda sem ser notados.
As famílias sobrepõem a tudo, são distantes, omissas e de repente inanimadas, sem forma própria e que nos consome pela sua imparcialidade e falta de dinamismo e vida. Cada criança possui uma família diferente e em sala de aula são apenas uma grande família. Será? Isso causa um impacto social diferente e imponente onde os fortes e convíctos, conseguem e os fracos e sem oportunidades se desfalecem na proposta educacionalvigente e perturbadora que nos leva as somas e aos percentuais imponentes e sem servidão. A essas crianças são trazidas a formalidade da aula e a criação de novos valores as vezes não incluídos na sua visão familiar e social. Mas que comove e promete ser fiel até o fim. Crianças que enxergam e que por tantas vezes nos remete a uma visão mais recatada e primitiva com brilho próprio de sua construção.
Essas famílias são a presença das idéias, das vontades e das forças sociais existentes. Cada família se mostra de modo a inovar sua questão de educação e de confronto social das suas vontades, e essas crianças são o motivo de um mundo diferente para um futuro mal pensado; mas escolar. E nossa educação deste século XXI deve valorizar o pensar, o agir pelo pensar e o fazer pelo que se pensou.

“ Uma educação que não exercita o ato de pensar, com todos os seus riscos, além da própria ausência de pensamento, tem como efeito o não comprometimento, o não tomar decisões, ou não se responsabilizar por elas . "A tarefa fundamental do pensar é descongelar as definições que vão sendo produzidas, inclusive pelo conhecimento e pela compreensão e que vão sendo cristalizados na história. A tarefa do pensar é abrir o que os conceitos sintetizam, é permitir que aquilo que ficou preso nos limites da sua própria definição seja liberado. é livrar o sentido e o significado dos acontecimentos e das coisas da camisa-de-força dos conceitos " CRITELLI, 2006, p. 80.

Alunos hoje não querem pensar, nem saber falar com dignidade acadêmica, se presta a ouvir músicas sem letras plausíveis e maduras, mas letras que consomem e trazem um sofrimento eclético de vida imatura e sem solidez para um futuro adequado e digno de ser humano. Alunos despreparados para um social deprimente e sofrido, onde sem o seu interesse apagam as chances de fluir com cultura que se aprende na escola. Essa escola deste modo não consegue fluir, não consegue brilhar. Pois, desta forma não consegue então se agregar em valor para ser perseguido e eloqüente aos olhos de futuro do aluno acadêmico. Criança ou não, deve enxergar na escola um ponto de partida, e essa escola deve superar as canções do mundo e as canções banais. Para que num futuro não se veja a banalização da escola que não conseguiu brilhar.
Precisamos pensar numa escola que seja educadora como fonte social com inesgotável forma de encantamento e desdobramento, trazendo para o dia a dia do aluno, uma visão prazerosa do que é o aprender e de como esse aprender fará parte de sua vida no sentido de comover e construir valores sólidos de família e de boas maneiras de modo aceitável no convívio humano.
A escola pode mudar vidas, tem essa função e marca presença hoje por mudar sonhos e aprimorar desejos com visão futurista e de empreendedorismo com ênfase no social, político e no ideal de vida e de construção de sonhos e desejos. Essa historia formata com dignidade a reprodução social, onde sozinha e com sua proposta efetiva consegue detonar as letras impuras de músicas, de uma sociedade singular e imatura. Deste modo, constrói mudanças e idéias. Essa escola possui brilho de dignidade e carrega consigo um imenso sustentáculo de interesses e de grandes expectativas para um mundo melhor e melhor trabalhado com didática e satisfação escolar na conclusão dos nossos diálogos e pedidos de socorro expresso por uma escola fadada ao fracasso, mas que pode ser dinâmica e ainda causadora de grandes conceitos populares e políticos em sua fusão com o mundo moderno e dinâmico. É nessa escola que colocamos os nossos sonhos e nossas aspirações quando falamos de educação humanitária e para todos numa visão de mundo feroz e proveitoso para todos. Pretendemos uma educação que brilha para uma escola que assume o seu papel e o seu valor, independente de onde estiver locada, mas que esteja vislumbrada pela vontade de querer fazer algo pela proposta de educar para um futuro onde haja educação e ensino, sem reflexos de mídia ou da conduta trazida pelos órgãos públicos, mas através da disposição de uma ação unitária e solidária de educar para mudar e ver o amanhã cada vez melhor. Sejamos todos melhores em nossas vontades e aspirações.



Conclusão:

A fala da autora Pretende tecer algumas reflexões sobre o pensar, que olha para os acontecimentos que se passaram e procura atribuir um significado as nossas experiências, e sobre a relevância dessa faculdade do espírito para a educação num momento de crise, no qual o passado não oferece mais um sentido pre-estabelecido e seguro para o mundo. O pensar é um dos grandes temas na obra de Hannah Arendt, embora tenha recebido menos atenção de seus leitores do que suas reflexões anteriores relacionadas à política. A educação é primordial deste que se fundamentem na mudança pela qual vemos o mundo e como esse mundo nos localiza enquanto participantes do processo educativo. Desta forma, ser educador causa polêmica, expectativas e desejos, porque muda o mundo de tal maneira que não consegue limitar as idéias, mas acrescenta a elas um olhar único e um foco simples que altere o rumo de cada horizonte plantado por cada um no seu processo educativo e de futuro. Numa visão holística a educação alcança o seu lugar. No que segue, estabeleceremos algumas relações entre o pensar, enquanto busca de sentido, e a educação num mundo em crise. Formatamos uma escola com um insuportável brilho de ser.

Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão.







Bibliografia:

ARENDT, Hanna. A crise na educação. In: Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 238-9.
CRITELLI, Dulce. O ofício de pensar. In: Rev. Educação: Hannah Arendt pensa a educação. São Paulo: Segmento, n.4, 2006, p.74-83.

A Condição Humana.

Ao começar sua obra, “A condição humana”, Hannah Arendt alerta: condição humana não é a mesma coisa que natureza humana. A condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem. As condições variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem é parte. Nesse sentido todos os homens são condicionados, até mesmo aqueles que condicionam o comportamento de outros tornam-se condicionados pelo próprio movimento de condicionar. Sendo assim, somos condicionados por duas maneiras:
1. Pelos nossos próprios atos, aquilo que pensamos, nossos sentimentos, em suma os aspectos internos do condicionamento.
2. Pelo contexto histórico que vivemos, a cultura, os amigos, a família; são os elementos externos do condicionamento.
Hannah Arendt organiza, sistematiza, a condição humana em três aspectos:
• Labor
• Trabalho
• Ação
O “labor” é processo biológico necessário para a sobrevivência do indivíduo e da espécie humana. O “trabalho” é atividade de transformar coisas naturais em coisas artificias, por exemplo, retiramos madeira da árvore para construir casas, camas, armários, objetos em geral. É pertinente dizer,- ainda que sedo-, para a autora, o trabalho não é intrínseco, constitutivo, da espécie humana, em outras palavras, o trabalho não é a essência do homem. O trabalho é uma atividade que o homem impôs à sua própria espécie, ou seja, é o resultado de um processo cultural. O trabalho não é ontológico como imaginado por Marx. Por último a “ação”. A ação é a necessidade do homem em viver entre seus semelhantes, sua natureza é eminentemente social. O homem quando nasce precisa de cuidados, precisa aprender e apreender, para sobreviver. Qualquer criança recém nascida abandonada no mato morrerá em questão de horas. Por isso dizemos que assim como outros animais o homem é um animal doméstico, porque precisa aprender e apreender para sobreviver. A mesma coisa não acontece com aqueles animais que ao nascer já conseguem sobreviver por conta própria, sem ajuda. A qualidade da ação supõe seu caráter social ou como escreve Hannah, sua pluralidade.

Tanto ação, labor e trabalho estão relacionados com o conceito de “Vita Activa”. Para os antigos, a “Vita Activa” é ocupação, inquietude, desassossego. O homem, no sentido dado pelos gregos antigos, só é capaz de tornar-se homem quando se distancia da “vida activa” e se aproxima da vida reflexiva, contemplativa. É justamente nessa visão de mundo grega que os escravos não são considerados homens. O escravo ao ocupar a maior parte de seu tempo em tarefas que visam somente à sobrevivência de si e de outros, é destituído do conceito grego de homem, mas por outro lado ele não deixa de ser humano. Portanto, dentro dessa lógica só é homem aquele que tem tempo para pensar, refletir, contemplar. Nietzsche afirma em seu “Humano, desmasiado humano”que, aquele que não reserva, pelo menos, ¾ do dia para si é um escravo. A base disso encontramos em Sócrates: se é apenas para comer, dormir, fazer sexo, que o homem existe, então, ele não é homem, é um animal. Pois assim era visto o escravo: um animal. Um animal necessário para à formação de “homens”. É muito importante salientar que a escravidão da Grécia antiga é bem diferente da escravidão dos tempos modernos. Pois, na era moderna a escravidão é um meio de baratear a mão-de-obra, e assim, conseguir maior lucro. Na antiguidade a escravidão é um meio de permitir que alguns, por exemplos, os filósofos, tivessem o controle do corpo, das necessidades biológicas; a temperança. Para os gregos, a escravidão, do ponto de vista de quem se beneficia dela, - os próprios filósofos da época - salva o homem de sua própria animalidade, e não lhe prende às tarefas pragmáticas. A dignidade humana só é conquistada através da vida contemplativa, reflexiva: uma vida sem compromisso com fins pragmáticos.

A religião cristã toma emprestado a concepção de mundo grega, e vulgariza a dignidade humana. Agora qualquer indivíduo pode, e deve viver, uma vida contemplativa. Enquanto na Grécia antiga a vida contemplativa era destinada aos filósofos, no cristianismo ela é destinada a todos. Essa é única forma que o cristianismo encontra para convencer os homens a rezar.

Hannah Arendt identifica três forma dicotômicas de trabalho:
• improdutivo e produtivo
• qualificado e não qualificado
• intelectual e manual.
Como a intenção da autora é mostrar a fraqueza do pensamento de Karl Marx, ela diz que o conceito de trabalho usado por Marx, é um conceito comum de sua época: trabalho é trabalho produtivo. Segundo a autora esse conceito de trabalho produtivo, isto é, trabalho que produz objetos, matéria; eclodiu das mãos dos fisiocratas. A escolha de Marx pelo uso do termo trabalho como trabalho que produz, que gera, que cria, estava em moda na época.

Com o avanço do processo de industrialização haveria de designar algum nome para todo
aquele trabalho que não estava ligado ao trabalho industrial, daí nasceu o trabalho intelectual em contraposição ao trabalho manual. Tanto um como outro, faz uso das mãos, quando colocados em prática. O intelectual precisa das mãos para escrever seu pensamento. Nesse sentido o trabalho intelectual também é trabalho manual. É dessa forma que o trabalho intelectual é integrado dentro do conceito “trabalho” da revolução industrial. A ideologia que atravessa os tempos modernos é a seguinte: Qualquer coisa que se faça tem que ser necessariamente produtivo, tudo deve ser transformado em mercadoria, ou seja, o valor de troca tem a última palavra.

Qual é o caráter objetivo implícito do conceito “força de trabalho” em Marx? Compreende que todos tem a mesma força de trabalho, até mesmo aqueles que são fisicamente mais fracos. Assim, Marx consegue formar o conceito de “valor de troca”, tempo de trabalho necessário dispendido para produzir um objeto. Necessário para quem? Para todos. Se o tempo médio da produção de um sapato é 6 horas, todos os trabalhadores devem se adequar. Marx não explica como ele consegue calcular o tempo médio abstrato, o tempo social? Portanto, ele, pressupõe que todos devem ter a mesma força de trabalho, e desconsidera as diferenças subjetivas. É obvio que uma criança não tem a mesma força de trabalho de um adulto, nem o deficiente físico terá a mesma força, sem falar nas diferenças mais minuciosas. Em suma, Marx pensava que todos devem ter a capacidade de produzir um mesmo objeto num tanto “x” de horas. E é isso que será exigido pelos proprietários dos meios de produção.

A força de trabalho é aquilo que o homem possui por natureza, só cessa com a morte. Diferente do produto, a força de trabalho não acaba quando o produto termina de ser produzido. Portanto, a força de trabalho é aquilo que Hannah Arendt entende por “labor”. “O labor não deixa atrás de si vestígio permanente”. ( 101, Arendt)
Arendt dá alguns exemplos que nos pode ajudar entender o conceito de labor. Qual é a diferença entre um pão e uma mesa? A mesa pode durar anos e o pão dura, como muito, dois dias. O trabalho é força gasta para produzir a mesa. O labor é a força dispendida para produzir o pão. Mesa: objeto material produzido para o uso cotidiano e ocupa lugar no espaço. Pão: elemento material produzido para à sobrevivência de seres vivos e não ocupa lugar no espaço, visto que durante a digestão o pão é transformado em energia do corpo.

“O que os bens de consumo são para a vida humana, os objetos de uso são para o mundo do homem”.(Arendt) O bem de consumo é o pão e o objeto de uso é a mesa. O primeiro permite a vida; o segundo é necessário aos relacionamentos humanos. Em suma, o homem se torna dependente daquilo que que produz. E para a autora, torna-se dependente é torna-se condicionado. Daí encontramos a justificativa do nome do livro: “A condição humana”. Quais são as condições que o homem se impõe e se submete para permanecer em sociedade, para viver em coletividade? Se fossemos analisar essa questão mais pormenorizadamente teriamos necessariamente de falar sobre auto-repressão do prazer, aquilo que Freud chama de controle do superego sobre o id. Mas não podemos esquecer que o nosso fim neste trabalho é perscrutar alguns aspectos e vertentes que o trabalho tem na obra da escritora alemã.

Sendo assim, como entender uma realidade que tem como pedra de toque o que chamamos trabalho? Para que o mundo dê curso à vida é preciso transformar o abstrato em matéria, o impalpável no papável. Isso é uma necessidade humana. Sociedades ocidentais e não-ocidentais( tribais) realizam esse processo de maneiras diferentes. Na primeira, existe o valor de troca, na segunda, não há valor de troca. A palavra trabalho é um termo, conceito, ocidental que é constitutivo do capitalismo, das sociedades ocidentalizadas. E este conceito não pode ser aplicado nas sociedades não ocidentalizadas, onde o capitalismo não existe. Portanto, não faz sentido dizer que os índios trabalham. Eles não trabalham, apenas realizam atividades.

Estamos num ponto delicado do nosso trabalho. Um ponto que é ignorado por grande parte de estudiosos das ciências. A afirmação: os índios não trabalham, não quer dizer que eles são preguiçosos, quer dizer que eles não produzem valor de troca, portanto, não realizam trabalho. Quando Marx pensa que o trabalho pode ser constitutivo do homem, ele não está usando como pressuposto o conceito valor de troca. E, é importante entender isso, porque esse foi o lugar onde ele foi mais mal interpretado. Peço que esqueçam do conceito valor de troca por um momento. Vamos imaginar aquela velha estória do homem que se encontra isolado, sozinho numa ilha. Ele quer encontrar alguma forma para sair da ilha. E para isso ele deverá construir um barco, irá trabalhar. Antes de construir o barco o homem tem a idéia do que seja um barco, isto é, ele já viu um barco pelo contato direto. Ao ver um barco pela primeira vez, ele forma o conceito de barco. Então, imagina um barco, cria a imagem na mente, para depois construí-lo. A construção do barco dependente necessariamente do conceito barco. Esse exercício de imaginar e depois construir é próprio do ser humano, e, é nesse sentido que Marx diz que o homem é o único animal que trabalha. O homem imagina e depois faz. Se acrescentamos o valor de troca, temos o trabalho capitalista. O trabalhador da fábrica sabe de antemão qual objeto irá produzir, sabe para que será usado. Todo objeto antes de ser construído tem sua finalidade, sua utilidade.

Nesse aspecto entre o meio(recurso usado para obter um fim) e o fim, temos a distinção entre objeto e instrumento. O instrumento é usado para produzir o objeto, por exemplo, o alicate é usado na produção de automóveis. Uma vez acabada a produção do automóvel, este serve como meio de transporte. A princípio temos o automóvel como fim, e num segundo momento temos o automóvel como meio. Ele é um fim em relação ao alicate, e depois, é um meio em relação ao homem. Se em relação ao alicate temos um objeto, em relação ao homem temos um instrumento. É nesse sentido que Arendt fala que existe um processo circular entre meio e fim, instrumento e objeto; em que todo fim se torna meio e todo meio se torna fim. Assim nos explica Hannah Arendt: “Num mundo estritamente utilitário, todos os fins tendem a ser de curta duração e a transformar-se em meios para outros fins.”(Arendt, 167)

Nenhum instrumento é produzido a bel-prazer, é produzido para atender ao tipo de objeto desejado. O que realmente importa ao empregador é o objeto final acabado, o instrumento é apenas o meio. Por isso dizemos que os meios de produção são instrumentos usados para gerar mais-valia. Usados por quem? Pelo trabalhador assalariado. Quando o assalariado não percebe que o uso que ele faz do instrumento, -seu trabalho-, gera mais- valia, dizemos que ele se encontra num estado de alienação.

Vamos voltar um pouco na distinção entre trabalho e labor. Já foi dito que o labor é trabalho gasto para produção de alimentos. Portanto, é o que mantem a saúde do indivíduo. Só assim ele poderá trabalhar. Nesse aspecto o labor é pré-requisito do trabalho. O que quer dizer isso? Não é possível, (dentro dos termos de Arendt), existir trabalho sem labor, ainda que seja possível o inverso. Ao passo que o labor produz a matéria para incorporá-la ao organismo, o trabalho a produz para que esta seja usada na produção de outros objetos e na materialização do abstrato( exemplo, colocar no papel uma idéia).
Uma outra distinção entre trabalho e labor consiste em que, enquanto o labor exige o consumo rápido ou imediato, o trabalho não. A lógica do trabalho é a durabilidade dos objetos. Sua durabilidade permite a acumulação e estoque dos objetos.

É por meio da troca de produtos,-troca intermediada pelo valor de troca-, que se dá as relações humanas, visto que, durante a produção os hom@ns encontram-se isolados uns dos outros. “Sem isolamento nenhum trabalho pode ser produzido”(Arendt, 174). “Somente quando pára de trabalhar e quando o produto está acabado é que o trabalhador pode sair do isolamento”(Arendt, 174). Nesse sentido de trabalho, Arendt imaginara um trabalho industrial. Se incluímos os serviços, nem uma das afirmações anteriores se sustentam. Tendo em vista que muitos serviços são realizados no contato direto entre os hom@ns.

Por Thiago Rodrigues Braga é estudante de Ciências humanas da Universidade Federal de Goiás. Seu maior interese atravessa a antropologia, filosofia e literatura.

Por Moacir Gadotti

Qual o diagnóstico que você faz da educação básica no Brasil? Quais os principais problemas, avanços e retrocessos que a educação vive?
Considero a educação básica como o lugar de produção da liberdade, da criação do destino de cada um, de cada uma. Por isso, não cuidar da escola básica é não cuidar da nação, do destino da sociedade, da libertação de cada um. Para muitos, a escola básica é o único espaço público e democrático de que dispõem. Apesar do avanço na matrícula de crianças e jovens de 7 a 14 anos no ensino fundamental no Brasil, ainda existe o problema grave do abandono e da defasagem série/idade. As crianças pobres podem estar matriculadas na escola, mas sua cultura aí não está. Não basta incluir crianças na escola; é preciso incluí-las com uma nova qualidade.

Da forma como o ensino superior está sendo administrado atualmente, como você avalia a formação dos professores do ensino básico? Eles estão preparados para a sala de aula?
Para mudar o mundo é preciso primeiro pensá-lo de outra forma; para mudar a educação é preciso enxergá-la de outra forma. Na formação do educador é preciso enxergar o lado belo, a boniteza de sua profissão. Ser professor hoje não é nem mais difícil nem mais fácil do que era há algumas décadas. É diferente. Diante da velocidade com que a informação se desloca, envelhece e morre, diante de um mundo em constante mudança, seu papel vem mudando, senão na essencial tarefa de educar, pelo menos na tarefa de ensinar, de conduzir a aprendizagem e na sua própria formação que se tornou permanentemente necessária. Por isso, na sua formação universitária falta prepará-los para serem menos lecionadores e mais organizadores da aprendizagem.

Existe hoje algum modelo no Brasil em ensino fundamental e médio?
O único modelo aceitável para a educação básica é o modelo participativo, que incentiva o companheirismo e a cooperação em oposição à competição e que viabilize as condições de efetiva aprendizagem de professores e de alunos. Quando o professor não aprende, o aluno não aprende. Sucesso gera sucesso. Fracasso não é fator de ensino. A repetência faz o aluno ser pior. Para o aluno que passou, o próximo ano será um desafio e, para o que ficou, o próximo ano será de desânimo. Nos países onde a educação é mais avançada, a repetência está próxima de zero. A criança aprende de mil maneiras. Por isso, é preciso criar um ambiente estimulador, motivador. Conhecimento é informação contextualizada, com sentido. A criança só aprende o que tem sentido para ela. Ficar mais tempo na escola não significa aprender mais. Nosso modelo educacional deve ser aquele no qual a criança aprende.

Pessoas Importantes Falando Demais.....

'Fumo maconha, mas não trago, quem traz é um amigo meu'
Marcelo Anthony

'O que te engorda não é o que você come entre o Natal e o Ano Novo,
mas o que você come entre o Ano Novo e o Natal'
Solange Couto

'Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?'
Dorival Caymi

'Para seu marido não acordar com a macaca... Depile-se'
Cláudia Ohana

'O homem é um ser tão dependente que até pra ser corno precisa da ajuda da mulher. Pra ser viúvo também'
Principe Charles

'Por maior que seja o buraco em que você se encontra,
pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima'
Dercy Gonçalves

'Cabelo ruim é igual a bandido... Ou tá preso ou ta armado'
Ronaldinho Gaúcho

'Preguiçoso é o dono da sauna, que vive do suor dos outros'
Roberto Justus
'Político honesto é aquele qua ainda não foi flagrado com a boca na botija'
Odilon M. Fonseca

'Não me considere o chefe, considere-me apenas um colega de trabalho que tem sempre razão'
Galvão Bueno

'Malandro é o pato, que já nasce com os dedos colados para não usar aliança'
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'Mulher gorda é que nem Ferrari... Quando sobe na balança vai de zero a cem em um segundo'
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'Os psiquiatras dizem que: uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental... Fique de olho em três dos seus amigos. Se eles parecerem normais, o retardado é você'
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'Se homossexualismo fosse normal... Deus teria criado Adão e Ivo'
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'Todo mundo tem cliente. Só traficante e analista de sistemas é que tem usuário'
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'Mulher de amigo meu é igual a muro alto... .sei que é perigoso, mas eu trepo'
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'Casamento começa em motel e termina em pensão'
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'Seja legal com seus filhos. São eles que vão escolher seu asilo'
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'Ex-namorada é igual a McDonalds: a gente sabe que não deve, mas acaba comendo de vez em quando'
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'Passar a mulher pra trás é fácil, o difícil é passar pra adiante'
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