quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Educação em Direitos Humanos e Metodologias Ativas...

Visão Crítica do Artigo: Educação em Direitos Humanos e Metodologias Ativas de Aprendizagem.
Por Ana Maria Klein

A Educação em Direitos Humanos (EDH) é um objetivo certo e comum, assinado por todos os Estados signatários da Declaração dos Direitos Universal dos Direitos Humanos. No entanto, nosso objetivo maior é manter a nossa expectativa em vivência com o comprometimento com tais direitos e tais direcionamentos propostos nesta declaração. Desta forma, estamos assentados numa visão ampla e demasiadamente disposta a manter o desafio no Brasil.
Iniciou-se no Brasil de modo informal e reduzido a expectativa, sem visão de futuro e sem direcionamento adequado de onde se queria chegar. Existia no Brasil, terra abençoada a ditadura militar que causou uma parada neste olhar, onde só avistamos novamente quando demos de cara com a democracia e a constituição. Desta forma, cheia de entraves e pouca visão ainda, se apostou na Educação como ponto de partida para o início desta fase de implementação e continuidade do trabalho e olhar para os Direitos Humanos. Começamos a ganhar espaço e aderir os cadernos das crianças, trazendo a tona uma visão de mundo e do cuidado com o outro.
Deixamos de ser frutos da agenda civil e passamos a ser frutos da agenda educacional. O que nos deixa melhores situados. Diretrizes passam a democratizar a ação dos Direitos Humanos, Conferências democratizam os assuntos pertinentes e tomamos corpo com uma visão ideal e futurista.
Surge a visão da autonomia do sujeito e a descentralização da Educação que não passa pelas mãos do cidadão, mas pelos processos e planejamentos educacionais de revestimento social e ímpar. O processo prende-se no sujeito que aprende e no seu desenvolvimento. O conhecimento passou a ser redescoberto numa questão aberta de olhar social.
A aprendizagem é um caminho dinâmico e social, que constrói a inserção do indivíduo na sociedade através de suas construções e conhecimentos. O conhecimento passa então a ter controle junto aos seres aprendizes e favorece-se quem é mais direcionado e que se inventa através de seus recursos também cognitivos. Estamos vivendo a era da aprendizagem significativa e de olhar cidadânico, construindo espaços de conhecimento.
Entendemos e percebemos que o indivíduo constrói muito mais do que se permite aprender e que o processo de aprendizagem vai além, constrói muito mais do que se mostra. Os desejos afloram de modo único em cada um e as respostas são singulares e que também levam o indivíduo ao centro de um comportamento milenar da proposta de aprender e de se fazer gente. Gente que faz e que constrói. A aprendizagem deixa de ser uma mera apreensão de conteúdos e passa ser o que absorvemos e detemos em nossos olhares e poros. É muito maior.
Oferecemos conteúdos enquanto professor e destemidos educadores, mas o que esperamos é pouco do que se é construído. O aluno é capaz de redefinir o contexto e recontar os casos tratados, falando, criticando e construindo. Relendo o que lhe foi traduzido com olhar constante e deformador. Os alunos passam a refazer a nossa história com a visão de história que tem. Desafia o que não se diz e determina o que se pensa. Esse aluno passa pelo funil do conhecimento destemido e crescente conforme a prudência de se não limitar. Um Direito Humano.
Aprendemos através dos problemas e da maneira como nos conduzimos. Somos pluralistas e sociais. Não sabemos como aprendemos, mas aprendemos e socializamos o que aprendemos sem saber como passamos e nos tornamos em tudo populares por ensinar e fazer aprender. Não separamos o que aprendemos de como se aprende. Apenas somos o que temos e vivemos a partir do que construímos e fazemos.
Valorizamos o individual porque entendemos onde queremos chegar e quais as possibilidades de se chegar e para onde chegar. Deste modo, aprendemos o que queremos de modo salutar e que é aprovado no social, a partir do que construímos. A nossa transformação é o que nos idealiza como somos. O que transforma é modificado ou se modifica a partir do outro. Só somos idealizadores do que pretendemos, mas sonhamos muito com o que queremos ser. Essa liberdade se constrói em nós porque temos liberdade e Direitos Humanos de sermos cidadãos.
Deste modo, matemo-nos aprendendo a aprender, fazendo e construindo o outro e sendo o que nos idealizamos com liberdade de ação e percepção. Demonstramos realmente o que construímos e dialogamos em nossos desejos e corações.
Desta forma, entendo que a autora feliz e dinâmica, esclarece de modo bem simpático a cidadania participativa como alvo, a integração do capital e o social como unidade e a educação por valores de modo a construir o pro - sociabilidade. Construímos exatamente com liberdade o que pensamos ter sido primordial para o nosso crescimento. Desta forma, a aprendizagem dota sentido aquilo que o ser humano faz, transforma a realidade e nos direcionam as questões contemporâneas.
Direitos Humanos, só se fazem existir o que realmente já está estabelecido em leituras diferentes em nossos olhares e horizontes simples e despreparados e muitas vezes. Essa necessidade permanente nos remete aos temas transversais que acrescentam esse universo e favorece as dimensões que nos ampliam e nos fazem crescer enquanto cidadão numa cidadania aberta e dialógica. Favorecemos o aprendizado até o final dos nossos dias. Transforma-se a realidade em argumento favorável.

Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão.
Mestra em Educação,Pedagoga,Psicopedagoga e Especialista em Direito Educacional.

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