segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Construtivismo na Prática de Professores de Ciências: Realidade ou Utopia?

Resenha Crítica Sobre o Artigo: O construtivismo na prática de professores de ciências: realidade ou utopia?
De Vânia Galindo Massabni

Construtivismo é uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio.
A idéia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.
A autora em questão nos lembra das possibilidades de não ter na verdade conhecimento de uma prática íntegra sobre o construtivismo em sala de aula, por não perceber realmente a aplicação pelos professores de ciências. Isto eu também questiono, já que o trabalho pedagógico em sala de aula constitui um conjunto de afazeres teóricos que alimentam a escola como produtora de conhecimentos científicos vividos e atuantes. Não creio muito na verdade da aplicação. Concordo com momentos e pensamentos construtivistas que contribuam para o crescimento humano e acadêmico.
Em geral, podemos dizer que todas as tentativas de privilegiar ora uma elaboração cuidadosa e articulada do conteúdo a ser aprendido, ora uma metodologia atenta exclusivamente ao desenvolvimento psicológico do estudante, não somente têm reduzido o espaço de ação do professor e perturbado sua sobrevivência profissional, mas também têm obtido resultados insatisfatórios quanto à aprendizagem dos estudantes. O recente crescimento de uma visão construtivista de ensino e aprendizagem nos meios didáticos recoloca o problema da formação do professor, ressaltando a importância do seu conhecimento científico e da natureza de sua competência profissional.
Nesta concepção epistemológica o professor tem a tarefa principal de monitorar o crescimento cognitivo e o amadurecimento pessoal dos estudantes, contribuindo para a construção, por parte de cada um, de um conhecimento científico pessoal, com a dupla característica de ser semelhante ao conhecimento científico estabelecido. Essa construção envolve necessariamente um relativo afastamento das concepções e da visão do senso comum, pelo menos na interpretação das situações e dos contextos analisados em sala de aula.
Críticas recentes dos modelos tradicionais de mudança conceitual focalizam a importância de elementos de natureza motivacional e salientam a grande dependência entre a estabilidade da aprendizagem dos estudantes e a continuidade no esforço para alcançá-la. Em particular a relação professor-estudante é considerada como fortemente capaz de influenciar o nível de envolvimento dos estudantes nas tarefas escolares e sua vontade de persistir nelas, a atuação do professor na sala de aula pode mudar uma concepção e uma idéia de trabalho construtivista. É preciso estar atento nas entrelinhas e na condição de trabalho e enfoque do professor. Como conseqüência também a reflexão sobre a natureza da competência do professor têm evoluído, este está pensando muito mais em habilidades e competências do que antes. Hoje a área de conhecimento, conduz o sujeito a uma interação mais pronta para se chegar ao entendimento perfeito do conteúdo. Esse aluno de hoje consegue se preparar para elaborar projetos e entender conceitos. Vale a pena investir. Nisso pode agregar valor e impedir o caus na educação e no futuro dela.
Por outro lado, no caso específico do ensino de Ciências no Brasil, o número elevado de estudantes em cada classe e a heterogeneidade de suas capacidades e suas formações tem sido um complicador não indiferente do comportamento do professor e de seu processo de escolha e organização das atividades didáticas. Assusta e faz com que muitos professores não se estabeleça com dignidade em suas funções acadêmicas.
A competência profissional do professor de ciências repousa essencialmente na elaboração de uma síntese, cada vez renovada, entre a clareza das metas científicas a serem atingidas e a sensibilidade referente à situação dos estudantes seu grau de envolvimento, seu conhecimento e suas possibilidades efetivas de evolução. O tempo reduzido que o professor tem para elaborar uma síntese entre suas percepções e seus objetivos, tornam sua profissão essencialmente artesanal e profundamente dependente de suas intuições concretas. “O reconhecimento de tais características impõe vínculos significativos ao processo de formação, básica e em serviço, dos professores de ciências” (Gil & Carvalho, 1992;Villani & Pacca, 1992c).
O presente material deve colaborar para que todos os professores de ciências sejam pontuais, preparados e envolvidos com as necessidades dos alunos, ora longe do currículo escolar.

Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão.

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