terça-feira, 9 de agosto de 2011

Indignação! Buraco no Muro da Escola














Indignação é pouco, saber que uma Escola que se constroem com pessoas passa por uma trágica situação de desespero e de carência de cuidados efetivos e sociais da população agraciada e tratada dentro desse cotidiano.
Aluno, vizinhos, sabe lá quem... Resolveram abrir um buraco a pontapés no muro da Escola, o qual tem valores e impressões guardadas nele.
Inicialmente a prefeitura da cidade fazendo obras de tubulações ao redor da Escola se colocou perto do muro e acidentalmente tocou-lhe causando danos na estrutura... Daí por diante, só Deus para entender o processo.
Pessoas, alunos, colegas e vizinhos, aproveitando-se da situação do acidente colocaram o muro no chão e no chão caíram todas as imperfeições e angustias junto com o muro. Criou-se um tormento.
O portão não se fez mais importante do que o muro, mas o muro era a figura lamentável e original desse processo. Cada um tirava por menos, mas o muro ali esteve sobre vigilância e guarda de olhares e pensamentos. Que coisa, que juízo se fez de todos os que se aproveitaram da situação precária e imóvel deste muro. Atentou-se então para os culpados. Quem? Quais? Afinal derrubar um pedaço do muro da Escola não é difícil, mas mantê-lo no chão é estúpida e milenar a situação.
Que gravidade obesa e intrépida. Não poderíamos carregar sem antes nos sentir parte do contexto social que guardava a perda do pedaço do muro. Mas o que partiu mesmo? O muro ou parte dele? Sinto que do muro não sobrou nada, apenas sorrisos marotos e empenhos terríveis capazes de limitar o nosso campo de ação.
Perderam-se aulas, perderam-se disciplinas imponentes e severas no currículo do Estado em tempos de Área de Conhecimento. Perdeu-se tempo de professores “caros” que desempenham suas funções após dias e dias de planejamentos e encontros com a Pedagoga em PLs. Perdeu-se tempo de cuidado com o tal buraco.
Buraco afoito, agressivo e que limitava alguns passos, a fim de limitar outros tantos e que sem saída usavam a passagem livre e liberta de ações perdidas e confusas.
Que notícia para a comunidade? Que certeza imunda de um buraco sem solução. Saídas? Uma luz no fim do túnel, buscar entre eles alguém que percebeu o buraco e as ações em seu redor. Buraco de sorte esse!. Indignada ainda estou, mas sabendo ainda que os culpados fazem parte do buraco que envolve nossos sonhos. Buraco malvado. Limita o meu acesso, mas trazem a tona tantos outros acessos. Buraco infeliz.
Alunos foram ouvidos e pais também, afinal estes alunos são menores, pequenos e incalculavelmente sozinhos em partilhar desses assuntos tão sérios. Que coisa importante. Alunos culpados. Abriram um buraco pra vida. Um grito de socorro quem sabe! Uma idéia de nunca ou de sempre... Um chute no balde, uma revolta.
Diretora, Pedagoga e Coordenador numa conversa séria e destemida sobre o assunto do “buraco”. Famílias desgarradas e sem ação entendem o caos causado pelos filhos que hoje um buraco lhes fez refém. Conselho Tutelar, Polícia e Pessoas a mais calculavam o prejuízo e estes foram impressos nos olhares e escombros a certeza de que o refazer o muro seria a melhor solução.
Construir o muro, reconstruir e recolocar... O que fazer melhor! Apenas rever alguns conceitos e repor o que foi tirado sem cuidado e sem demora. Saiu à idéia! Muros e tijolos a serem colocados. Pais pagantes e assustados junto com seus pequenos irreverentes, paga e recoloca os tijolos que custaram aulas e disciplinas do contexto. Aulas e carga horárias e ainda dia letivos e momentos acadêmicos. Sapatos, nem pensar. Cada um teve o seu justo a seu pé e longe da parede que compunha o muro. Pés no chão agora. Ufa! Agora dentro na Escola e entendo sobre o muro. Tá fechado! Tá falado. Confirmado!

Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão, Mestra em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em Direito Educacional, Professora Universitária e Palestrante.



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