segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Para Uma Imagem não Deformada do Trabalho Científico

Para Uma Imagem não Deformada do Trabalho Científico.


Quais os argumentos comuns?
- Trabalho científico coisa da minoria.
- Masculinidade dos trabalhos.
- Influência das escritas acadêmicas e dos livros no trabalho do professor.
- Visão comum da ciência, reflexão crítica e limitada.

Quais os argumentos divergentes?
As concepções aparecem associadas entre si , como se fosse global, ingênua e científica, chegando ao ponto máximo social.
Um professor de ciências deveria estar preparado para assumir a idéia da prática e da física com mais facilidade em seu trabalho e não consegue tão bem assim.
A literatura muitas vezes transmite uma visão rígida e divergente da prática sensível e salutar, desvirtuando a questão prática da teoria e dificultando o proceder em alguns conteúdos.
Outro argumento divergente e sério é o de que o conhecimento científico parte de uma visão rígida de um processo as vezes linear numa visão simplista da evolução dos conhecimentos científicos.

Qual a idéia predominante?
Reconhecer as visões deformadas dos professores sobre o trabalho científico e suas questões. Favorecer o trabalho pedagógico do professor ilimitando-o das questões práticas da física bem como o bom entendimento da literatura proposta. Favorecendo assim o ensino da nova didática das ciências.

Concepções de Ciências Geralmente Apresentadas Pelos Professores

Características Relacionadas a Cada Uma das Concepções Enumeradas
Concepção empírica restrita
Visão popular da realidade científica, sem respaldo nem comprovação da ciência.
Concepção de uma imagem inadequada do que seja um trabalho científico
Professores imaginam o trabalho científico como sendo uma aprendizagem a partir das descobertas.

Concepções epistemológicas inadequadas e incorretas.
Imaginam o método científico como sendo composto de etapas rígidas e mecânicas.

Concepção da certeza do inevitável científico
Se for científico, é complicado, difícil inesperado e não flexível e prático.

Concepção exclusivista analítica
Limita-se o estudo simplificando-o.
“Folk “ “Nay”
Ciência de modo popular.

Concepção do método científico em construção numa nova imagem acadêmica.
Usar o método científico como sendo para construir idéias ainda não tratadas.

Concepção empírica da ciência.
A ciência como algo que se toca, se pega e se coloca na mão sem preceitos ou direcionamentos específicos.

Concepção positiva verbalizada do trabalho científico
Idéia popular do que seja um trabalho científico do ponto de vista acadêmico.

Concepção enfática do rigor do método científico.
Difícil idéia e aceitação do método científico como aliado ao processo pedagógico e acadêmico.

Concepção”masculina” do método científico
Refere-se de forma preconceitual sobre a possibilidade maior do acerto do homem do que o acerto da mulher.

Concepção influente da literatura científica no cotidiano acadêmico.
Visão deformada de que o método científico não faz parte do dia a dia da escola.

Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão, Mestra em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em Direito Educacional, Professora Universitária, Palestrante e Oficineira.

2 comentários:

  1. José
    E agora, José?
    A festa acabou,
    a luz apagou,
    o povo sumiu,
    a noite esfriou,
    e agora, José?
    e agora, você?
    você que é sem nome,
    que zomba dos outros,
    você que faz versos,
    que ama, protesta?
    e agora, José?
    Está sem mulher,
    está sem discurso,
    está sem carinho,
    já não pode beber,
    já não pode fumar,
    cuspir já não pode,
    a noite esfriou,
    o dia não veio,
    o bonde não veio,
    o riso não veio,
    não veio a utopia
    e tudo acabou
    e tudo fugiu
    e tudo mofou,
    e agora, José?
    E agora, José?
    Sua doce palavra,
    seu instante de febre,
    sua gula e jejum,
    sua biblioteca,
    sua lavra de ouro,
    seu terno de vidro,
    sua incoerência,
    seu ódio – e agora?
    Com a chave na mão
    quer abrir a porta,
    não existe porta;
    quer morrer no mar,
    mas o mar secou;
    quer ir para Minas,
    Minas não há mais.
    José, e agora?
    Se você gritasse,
    se você gemesse,
    se você tocasse
    a valsa vienense,
    se você dormisse,
    se você cansasse,
    se você morresse...
    Mas você não morre,
    você é duro, José!
    Sozinho no escuro
    qual bicho-do-mato,
    sem teogonia,
    sem parede nua
    para se encostar,
    sem cavalo preto
    que fuja a galope,
    você marcha, José!
    José, para onde?

    Carlos Drummond de Andrade

    ResponderExcluir
  2. Realmente hei de concordar sim Monique ,na questão que envolve e trata do método científico e na concepção influente na literatura.O método científico trabalha ,com análises de verdades hipotéticas e por isso até que se pro o contrário uma hipótese mesmo que "pseudo verdade" será reivindicada para resolucionar problemas.Outro elemento que se reflete de maneira significativa no momento da produção de um texto é a história. Sabe-se que determinados aspectos históricos podem influenciar a produção literária de um certo período. Ao tratar da relação entre literatura e história, Antonio Candido (Apud Chaves, 1999: 09) refere-se à fronteira que se estabelece entre estes dois campos do conhecimento e atesta que

    Só a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretação dialeticamente íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que explicava pelos fatores externos, quanto o outro norteado pela convicção de que a estrutura é virtualmente independente, se combinam como momentos necessários do processo interpretativo. (...) o externo (no caso, o social) importa não como significado, mas como elemento que desempenha um certo papel na constituição da estrutura, tornando-se, portanto, interno.E por isso todo embasamento que possua textos,escritos ou artigos etc. São tão importantes apreciá los,a confronta los também pelo modelo que o método científico proporciona para dar alguma diretriz ou até mesmo solucionar estigmas,paradoxos e toda um desenvolvimento literário que trás histórias de formas ,imaginativa,verídicas ou baseadas em fatos ,mas de conteúdo ,histórico literário.Eis uma das importâncias da observação pelo modelo científico.

    ResponderExcluir

Obrigada pela sua visita, parceria e contato. Educação também é isso interagir e fazer parte. Volte sempre. Grande abraço! Monique Beltrão.