sexta-feira, 24 de junho de 2011

Fazendo Arte no Fundo do Mar

Este projeto surgiu com o interesse dos alunos em conhecerem os animais que vivem no mar. Já que a professora estava trabalhando a letra P da palavra peixe, aproveitou-se para inserir cores e formas que estão presentes em todos os ambientes em que vivem estes animais. Nesta fase, é importante propiciar à criança a visualização, exploração, contato e manuseio de diversos objetos que compõem o universo das cores e formas, possibilitando a criança identificá-las. O interessante foi aguçar o interesse dos alunos pelos animais marinhos e descobrir este universo tão específico e ao mesmo tempo encantador e motivador pela diferença dos animais do cotidiano.
Segundo Miguel Gonzáles Arroyo, desenhos, trabalhos manuais e artes aplicadas devem estar presentes no cotidiano escolar da criança. (Miguel Gonzáles Arroyo é bolsista de produtividade em pesquisa CNPQ nível 1B. Acompanha propostas educativas em várias redes estaduais e municipais do país.)É muito comum ouvirmos as pessoas dizerem que não têm criatividade – o que não é verdade. Em algumas pessoas ela está mais aflorada do que em outras.
(...) Chama-se "arte tecnológica" toda atividade ou toda prática denotada como "artística" que se serve das novas tecnologias como meios em vista de um fim artístico. (DOMINGUES, 1999, p. 82).


Todos nascemos com criatividade, a única diferença é o que fazemos com ela. O processo de criatividade se manifesta claramente nos desenhos infantis, que é o primeiro registro concreto da expressão pessoal. O desenho das crianças é feito de maneira inconsciente, sem a preocupação do que os outros vão pensar. Elas gostam de pintar, desenhar, modelar e construir. Experimentando os diversos materiais, aprende a expressividade direta do traço, a percepção da linha que gera formas, etc. O contato com a arte contribui para desbloquear o processo criativo, proporcionando assim a descoberta das mais variadas formas de expressão.
(...). Pode-se dizer, mesmo que algumas vezes, foi a arte que impulsionou o aparecimento das tecnologias: não houvesse a preocupação estética com a imagem, com o design, não haveria a diversidade de programas para seu tratamento e aprimoramento. (PIMENTEL, 2003 p. 155)

Por volta de dois anos de idade já são feitos os primeiros rabiscos. Nesta fase, a criança está livre das influências externas. Aos poucos as linhas vão ficando mais controladas, conforme a criança adquire um controle visual sobre elas.
A partir dos quatro anos, surgem as primeiras experiências representativas. O desenho é a oportunidade de a criança organizar suas experiências, convertendo o pensamento em forma de desenho. Portanto, não se deve estabelecer técnicas nem padrões. Já por volta dos sete anos, a criança está começando a estruturar seus processos mentais de tal forma que pode começar a ver relações com seu ambiente. Ela tende a desenhar sua casa, família, amigos de escola e etc. Entre os nove e doze anos, a criança deixa de lado a repetição dos mesmos símbolos. Ela adquire autocrítica e também consciência do ambiente natural. Aí, então ela passa a se preocupar com proporções e profundidade. A criança pode utilizar fragmentos de objetos, peças de brinquedos estragados e aos mais diversos desperdícios para fazer as suas construções.
Este processo as diverte, pois há uma variedade de soluções inesperadas e surpreendentes. A livre associação de imagens, recortadas de revistas, proporciona a realização de colagens dadaístas e surrealistas. A criança é sensível ao caráter lúdico da colagem, que joga com diversas formas de abordar o real, aprimorando sua capacidade de improvisação e humor.
No mundo virtual, a criança pode encontrar uma infinidade de passatempos. Há jogos, livros e vídeos desenvolvidos especialmente para capturar a atenção dos pequenos e, ainda, aperfeiçoar suas habilidades, como a percepção visual e a coordenação motora.




Objetivos Educacionais Pretendidos:


Reconhecer a importância do mundo marítimo para o nosso ecossistema e nossas vidas.
• Inserir e valorizar a arte na sala de aula num contexto diferente.
• Nomear cores e formas
• Ampliar o vocabulário
• Conhecer a vida dos animais marítimos e saber reconhecer os diversos e mais famosos.
• Criar um contexto para a escrita e leitura.
• Ampliar o olhar plástico para a arte inovadora.
• Manusear material reciclável para confeccionar os animais em específico.



Contextualizar a Experiência:


Foram tratados especificamente assuntos relacionados ao fundo do mar, alimentos, tendo como precursor semanal atividades específicas, exposições técnicas de assuntos prontos e conclusões sobre os assuntos a serem percebidos e vivenciados pelos alunos.
As atividades serão diárias num cronograma específico para atender as necessidades da sala de aula durante trinta dias letivos.


Desenvolvimento das ações:

As ações foram desenvolvidas diariamente com leituras diversas, músicas, poemas, receitas, caça-palavras, produção de textos, pesquisas, murais, confecções de fantoches, máscaras, dedoches, desenhos e construção de um aquário virtual na sala de aula. Durante o projeto foi realizada a confecção de vários animais, visando à socialização e o aprendizado sobre o projeto como os alunos da Escola e com as famílias dos nossos alunos.

Avaliação dos Resultados:

Os resultados surgiram através de uma visão formativa, visual e através do mecanismo trabalhado e exposto pelos alunos. Através das aulas teóricas, expositivas e visitas a lugares específicos. Todo o material trazido pelos alunos foi trabalhado e tratado junto com a família e com a comunidade escolar, que se tornou conhecedora das construções estabelecidas e específicas. Foi construído um grande aquário visual de TNT com os animais construídos pelos alunos.
Os alunos construíram os brinquedos, levaram para suas casas e compartilharam com a família. O interesse nas aulas aumentou e a motivação, além de terem aprendido a socialização do aprendizado, hoje posso dizer que os alunos não são apenas espectadores, mas produtores e multiplicadores de novas idéias.

Conclusão:

O projeto poderá ser utilizado por qualquer professor e aluno que tenham como propósito o conteúdo acadêmico e
Criança feliz e consciente é criança livre para brincar, aprender e se expressar!

Com tinta, desenho, montagem (colagem com e sem cola), argila, historinhas, bonecos, teatro e musica, a criança aprende a se relacionar conscientemente com outras crianças e a respeitar e amar o planeta.


Bibliografia:
BARBOSA, Ana Mae (org) Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. 2 ed. São Paulo. Cortez, 2003.
DOMINGUES, Diana. "Tecnologias, produção artística e sensibilização dos sentidos". In: PILLAR, Analice Outra (Org.). "A educação do olhar no ensino das artes". Porto Alegre: Mediação, 1999

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