quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Disciplina e Indisciplina em Sala de Aula.


Disciplina e Indisciplina em Sala de Aula. Um olhar sobre a palestra de Celso Antunes SP, no Congresso Conhecer 2014.


*Por Monique Ferreira Monteiro Beltrão.


A verdade sobre a indisciplina pode em sua maioria de condições ser diferente, desconectada e infalível, quando os alunos não assumem o que é significativo para eles, por conta do que lhes foi entregue, perdem a condição de alunos. O professor feliz, trabalha no coração do aluno, o professor entediado trabalha sem alma, portanto não chega ao coração do aluno.

O professor Celso Antunes defendeu que indisciplina é, hoje, erro conceitual. Muitas vezes os educadores pensam que “o motor da indisciplina” é a conversa em sala de aula, sendo que a fala é, antes, ferramenta imprescindível ao aprendizado (afinal, a invenção da linguagem impulsionou consideravelmente o progresso da Humanidade). Em suas observações, sim, existem conversas que caracterizam indisciplina; entretanto, se os alunos estão envolvidos com debates, pesquisas, na estruturação de projetos, a fala está presente e a indisciplina, não. De maneira que, em sua visão, a indisciplina hoje é antes alimentada pela inércia de alguns educadores diante dos abusos presenciados em sala de aula e não inerente à natureza dos educandos.

A reflexão conclusiva foi a respeito da postura do educador na prevenção da indisciplina. Em sua visão, se o professor brasileiro acreditar que só existe uma forma de dar aula, esse único modelo condenará os alunos ao tédio; e o tédio, à indisciplina. A tecnologia avança tudo na vida cotidiana muda, mas muitos professores continuam dando aulas como há 20, 30 anos, sem se ocuparem em gerar em seus educandos o interesse e a disposição ao aprendizado. Muitas vezes, a lacuna do aprendizado e da disciplina está na falta de ferramentas por parte do educador, ajustando o conteúdo ao que se vive no cotidiano.
O aluno precisa ser mais bem conduzido para que possamos apostar realmente em alunos críticos, socializados e pesquisadores em momentos de estudos e escolarização, dentro e fora da escola.
O conferencista, em sua exposição, mencionou: tudo que está nos livros, tudo que se aprende, existe antes para que se viva. Em sua visão, muitas vezes os professores transmitem o conteúdo sem Alma, como uma mera repetição sem sentido. Então, não conseguem perceber que o incômodo do aluno se expressa por meio dos sinais que o educador identifica como indisciplina.
Para vencer essa distância, segundo Celso Antunes, é necessário compreender que o respeito à diversidade implica desenvolvimento e aplicação da diversidade de linguagem. Isso significa repensar constantemente o formato, a estrutura da aula, mas também o que se espera da avaliação.



* Monique Ferreira Monteiro Beltrão, Pedagoga, Psicopedagoga, Escritora, Especialista em Direito Educacional, Mestra em Educação  e Psicologia e Doutoranda em Educação.

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